Em Várzea Grande, interessados no curso noturno de técnico de enfermagem dormiram na fila para conseguir uma das 30 vagas ofertadas gratuitamente pelo Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em parceria com Secretaria de Assistência Social.
A moradora do município, Mariney Maria de Macedo foi a primeira a preencher a vaga. Ao , ela contou que permaneceu na fila por 15 horas. Ela conta como foi a peregrinação na fila. Segundo Mariney, ela chegou à Secretaria por volta das 18 horas de terça-feira (04), atendida pontualmente às 8 horas desta quinta-feira (05).
“Todos chegaram, todos ficaram e assim montamos a lista de quem estava na fila. Aqui foi uma coisa super organizada. A Secretaria de Assistência Social cedeu um espaço para a gente, não ficamos desabrigados, não ficamos no relento, disponibilizaram um segurança para levar a gente no banheiro, isso em grupo. Eu sempre quis fazer esse curso, só que eu não tinha a condição financeira para estar fazendo e agora com a disponibilidade eu vou ter”, disse Mariney.
A secretária de Assistência Social, Ana Cristina, afirmou em entrevista ao , que a fila é resultado da grande demanda do município. Ela garantiu a lisura do processo, afastando falsas denúncias que informavam que as senhas já haviam sido distribuídas no dia anterior.
“Nós estamos na terceira turma, no curso técnico de enfermagem, é um curso muito procurado. Vocês podem perceber que a procura é muito grande e isso nos fortalece a pleitear mais cursos para o município. É por ordem de chegada, então as pessoas chegaram muito cedo na fila, fizemos 30 inscrições, mais 30 de cadastro de reserva e os demais vamos fazer uma lista para os interessados serem avisados. A gente luta pela transparência e pela lisura do processo”, destacou a secretária.
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No local, a reportagem do registrou a ação de uma representante de Associação e apresentadora de TV, Joziane Campos que reclamou das filas. Ela alegou defender as mulheres que aguardavam. Segundo ela, era desumano como elas foram tratadas no local. “Eu não gostei de ver o vídeo de criancinhas no chão. E tem gente de Cuiabá, não Tem?”, disse a representante, que acabou vaiada pelas mulheres.
A indignação de Joziane Campos não recebeu apoio das mulheres que dormiram no local. Keisiane Nascer do Nascimento disse ao que não vê desigualdade em razão do anúncio antecipado do número de vagas. Ela afirma que todos que ficaram tiveram as mesmas chances.
“Eu penso o seguinte, todos nós que estamos aqui, estamos desde ontem. Então, houve pessoas que chegaram de madrugada e pessoas que chegaram só agora cedo, pela manhã, porém, todos estão cientes que são só 30 vagas e 30 para cadastro de reserva. Não ficamos aqui obrigadas, ficamos porque queremos e porque precisamos da vaga”,destacou Keisiane.
Já Vanderleia Miranda, que já aguardava vaga para o cadastro de reserva, contou que permaneceu na fila em busca de uma oportunidade melhor. Ela, que atua na área de produção, estava entre as últimas porque havia trabalhado a noite. “Eu busco me profissionalizar em um curso que tenho sonho de fazer. Eu tenho vontade de ter uma formação para conseguir ter um salário melhor”, disse.
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