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Cidades Domingo, 30 de Junho de 2024, 21:00 - A | A

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demora e poeira

Moradores de Cuiabá e VG criticam demora e abandono da ponte que ligará Parque do Lago ao Parque Atalaia

A construção da ponte iniciou em 2018 na gestão do ex-governador Pedro Taques

Gislaine Morais & Angelica Gomes/VGN

Orçada em mais de R$ 70 milhões, a entrega da ponte que ligará o Parque do Lago, em Várzea Grande, e o Parque Atalaia, em Cuiabá, assim como os acessos que interligarão os bairros, segue na promessa mesmo após o governador Mauro Mendes (União) anunciar inúmeras datas para a possível e tão sonhada inauguração.

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A construção da ponte iniciou em 2018, na gestão do ex-governador Pedro Taques, contudo, foi abandonada. No governo Mauro Mendes, a obra foi retomada com a promessa de que estaria concluída em 2022. Arrastando-se há mais de seis anos, moradores criticam a demora, alegando que, com o valor investido, já deveria estar pronta.

Moradores de Cuiabá e Várzea Grande foram ouvidos pela reportagem do . Segundo um deles, a demora para a inauguração da ponte pode estar ligada às eleições de 2026, quando os eleitores escolherão os deputados estaduais e federais, senadores e governador.

“Na minha cabecinha aqui, eu acho que eles estão segurando mais para favorecer a eleição do Estado que vai ser daqui a dois anos”, refletiu a moradora há 40 anos do bairro Engordador, em Várzea Grande, Maria Reiko Yoshino de Souza, 66 anos.

Dona Maria relatou que, ao longo desses anos, já passaram alguns perrengues, como a lama no início da obra da cabeceira, e agora a poeira. “Era tanta lama que os moradores precisavam dar a volta pelo bairro Unipark, uns 4 km, para chegar às residências. Agora essa poeira. Mas temos esperança que termine este ano”, externou.

Com as obras paralisadas 100% do lado de Várzea Grande, Marcos Antônio de Alencar, 52 anos, disse que os moradores anseiam pela conclusão da obra. Segundo ele, até o momento já melhorou muito, lembrando que houve época em que andavam com a água na cintura. “Tem uns três meses que não tem mais trabalhadores do lado de Várzea Grande. Aqui, eles aterraram, quebraram o morrinho e levaram todas as máquinas para o lado de Cuiabá”, explicou Seu Marcos.

Marcos cogitou que a demora pode ser pelo fato de os maquinários terem estourado uma adutora da rede de esgoto. Segundo ele, ao andar pela estrada, encontra canos jogados pelas beiradas. “Não sei se pode ser isso, mas que está demorando muito, está”, ponderou ele.

Para o morador Antônio Geraldo da Silva, 69 anos, que morou na região por 30 anos, foi morar por um tempo em Cáceres e retornou recentemente, a situação melhorou um pouco, mas, segundo ele, continua péssima pelo fato de a obra nunca terminar.

“Em época de eleição, eles sempre começam a mexer, né! Vamos ver se aceleram e terminam ainda este ano. Se eles colocarem a mão na obra, terminam sim”, apostou Antônio.

Em Cuiabá, a reportagem do conversou com um casal de idosos, Hilton Batista Rodrigues, 94 anos, e Maria Rodrigues Corrêa e Silva, 88 anos, moradores há 12 anos do Parque Atalaia.

Também criticando a demora para a conclusão da obra, o evangélico Seu Hilton disse que, no dia em que terminarem a construção, ele vai colocar os joelhos no chão e agradecer a Deus e a todos que trabalharam empenhados para a finalização da obra.

“Para nós, essa ponte vai ser uma benção, mas está demorando terminar, né! Quando terminar, eu boto meu joelho no chão e agradeço a Deus”, descreveu o idoso, que espera ansioso pela inauguração da ponte.

Mesmo assustada com o investimento, a esposa de Seu Hilton, Dona Maria, sugeriu contribuir com sua aposentadoria de um salário mínimo para o governador terminar a obra. “Vou dar meu salário para ajudar o governador a terminar essa obra”, disse ela em tom de brincadeira.

O que para alguns a demora tem sido um problema, para a comerciante Lourdes Martins Lemes, 61 anos, do bairro Parque Atalaia, tem se tornado um tormento, pois segundo ela, a poeira tem causado muito transtorno para seu estabelecimento comercial, assim como para saúde dos moradores daquela região.

Dona Lourdes citou que passam caminhão na estrada de chão fazendo com a poeira tome conta da rua e casas, além de atrapalhar e prejudicar as crianças que precisam para a pé pelas ruas para chegarem nas escolas.

Segundo ela, todos os dias precisa abrir seu comércio e jogar água, pois se não sem condições de atender aos clientes. Além de precisar tirar pó a todo momento dos produtos.

Dona Lourdes disse que às vezes passam molhando as ruas, mas mesmo assim não adianta. Ela citou que depois do abandono da obra, em novembro do ano passado eles retornaram com os maquinários, mas segundo ela, tem percebido que estão fazendo um serviço de “porco”.

Para a moradora, tem um pedaço que precisa passar manilha, mas a empresa somente fez o dreno. “Para mim estão fazendo mal feito. Eu prestei atenção que em um pedaço não colocaram manilha, apenas dreno. Além de estar demorando uma eternidade, ainda estão fazendo mal feito”, concluiu a moradora.

Outro lado – A reportagem do entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para obter informações sobre as denúncias de abandono na região de Várzea Grande, bem como sobre os problemas relatados em Cuiabá. A Sinfra informou que obteve a aprovação do projeto para construir um prolongamento da rede de esgoto, necessário para a retomada e conclusão da obra de asfaltamento do acesso à ponte que ligará os bairros Parque Atalaia, em Cuiabá, e Parque do Lago, em Várzea Grande.

 
 

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