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Moradores denunciam bar e diz que local é "blindado" por policiais; "comem pizza e tomam água com gás e está tudo certo” Fotos: Moradores
Reicidente por conta de som alto, aglomeração e desrespeito as medidas de biossegurança em decorrência da pandemia da Covid-19, o Magnatas Bar, localizado na avenida Castelo Branco, uma das avenidas mais importantes de Várzea Grande, continua tirando o sono dos moradores e causando ainda indignação.
Segundo moradores próximos ao bar, e que não serão identificados com receio a represálias, denunciaram ao VGN, na manhã desta segunda-feira (07.06), que chegou a pensar em ir até a Corregedoria da Polícia Militar para denunciar policiais que vão até o local, no entanto, o proprietário do bar não sofre nenhuma punição, e o som permanece até a madrugada fora, no último volume.
Eles relataram que já ligaram para a Polícia pelo 190 para denunciar, mas eles quase nunca passam lá, e quando passam, descem e cumprimentam os proprietários e vão embora, e em seguida o som continua.
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Nesse domingo (06.06), por volta das 14 horas, um dos vizinhos flagrou pelas câmeras de segurança, dois policiais no local. "Eles pararam a viatura na calçada, desceram e ficaram conversanso e rindo com tapinhas nas costas com proprietário. Eles pareciam ser íntimos, pois os homens batiam nas costas dos policiais, riam e bebiam alguma coisa. Deve ser por isso que o som continua alto e nada é resolvido”, desabafou um dos moradores.
Os moradores disseram à reportagem, que já pensaram em levar o caso à Corregedoria, pois tem vários históricos de ligação para a polícia e nada até agora foi feito. “Depois da visita dos policiais, tudo termina em pizza. Eles comem uma pizza e tomam uma água com gás e está tudo certo”, contaram.
Um dos moradores, quando não suporta mais e não consegue descansar, chega a sair na sacada de sua casa para xingar os proprietários do bar, e pede para que abaixe o som, em um primeiro momento, eles até abaixam, mas em questão de minutos o volume volta estridente.
“Eu respeito o decreto em relação à pandemia, não fico no meio da baderna, pois não estou a fim de ser contaminado. Agora se eles quiserem se contaminar pouco me importa, pode morrer todo mundo lá com Covid-19 que eu não estou nem aí, pois são pessoas que não agregam em nada. O problema realmente é o som alto, todos os vizinhos reclamam que não conseguem dormir. Não sei como o coronavírus não chega no Magnatas Bar, não sei se é o álcool que é demais”, desafabou um dos moradores.
Outro lado – A reportagem do VGN conversou com o coordenador de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente, Edpsom Morbeck Júnior, que informou que o estabelecimento, alvo da denúncia, já foi vistoriado pela pasta outras vezes, em novembro de 2020, o local foi notificado, pois na ocasião faziam o uso do som acima do permitido e sem licença. A última vistoria foi em maio, mas quando os fiscais chegaram ao local não constataram irregularidades.
No entanto, Morbeck confirmou que novas vistorias serão realizadas, pois segundo ele, a Secretaria tem recebido denúncias de vizinhos do bar, via telefone. “Vamos monitorar o local para que possamos atender aos munícipes”, declarou Morbeck.
Em contato com a assessoria da Polícia Militar, a Instituição emitiu nota, e por meio do 2º Comando Regional informou que solicitações de ocorrência de som alto e perturbação de sossego alheio, as equipes policiais se deslocam e buscam orientar ao denunciado a baixar o som e em não sendo acatado a ordem, a PM necessita da representação da vítima para condução das partes para a delegacia.
No primeiro contato que a reportagem do VGN fez com a assessoria da PM, ela disse que por se tratar de uma denúncia grave, os comunicantes deveriam formalizar a denúncia junto à Corregedoria da Polícia Militar para apurar a conduta dos policiais.
Já com os proprietários do estabelecimento, a reportagem não conseguiu contato até o fechamento da matéria. Contudo, o espaço está aberto para manifestação.
Atualizada em 20h50min - O sócio proprietário do Magnatas Pub Bar, empresário Clayton Carlos Navarro, entrou em contato com o VGN e garantiu que o som do local não ultrapassa o que é estabelecido pela Lei do Silêncio.
Segundo ele, a reclamação partiu apenas de um morador - e diz que já foi ameaçado por ele. “Moro há 41 anos na avenida Castelo Branco, ou seja, desde quando nasci e conheço todos da comunidade, da minha rua onde posso garantir que a denúncia partiu de uma única casa”, afirmou.
Quanto aos policiais que foram filmados no estabelecimento, o empresário disse que foi por conta de um incêndio que ocorreu no bar - e ele teria comunicado aos militares. “O fato que foi narrado pelo denunciante é uma inverdade e tendenciosa”.
Sobre o distanciamento, Clayton afirmou que estão cumprindo e que reduziu mesas e cadeiras. "O nosso objetivo é esclarecer a verdade”, finalizou.
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