O ministro de Educação, Victor Godoy Veiga, incentivou nesta terça-feira (02.08), o uso de novas tecnologias para acelerar a recuperação do sistema educacional brasileiro. Godoy defendeu o uso das plataformas voltadas à recuperação das aprendizagens durante o Seminário de Educação Infantil e Seminário de Educação do Estado de Mato Grosso.
Segundo o ministro, a plataforma, sob gestão do Ministério da Educação, auxilia para que o professor possa utilizar métodos de reforço em sala de aula.
“O professor em sala de aula ao acessar essa plataforma, ele pode aplicar nossa avaliação do aluno e o nosso sistema vai indicar para aquele professor quais são aqueles conhecimentos, de acordo com nosso currículo, que o aluno deveria ter e não teve, ou seja, quais são as perdas de aprendizagem daquele estudante naquela etapa, naquela série e a partir daí a plataforma sugere os reagrupamentos necessários de acordo com o nível de conhecimento para o professor poder trabalhar o reforço escolar em sala”, destacou o ministro.
Segundo Godoy, se implementado de maneira contínua, a aprendizagem e o sistema educacional serão recuperados gradativamente. A expectativa é que o sistema educacional tenha um ensino de qualidade em quatro anos.
“Temos hoje uma política que já está 2200 municípios, temos quase 5 milhões de crianças cadastradas, que funciona da seguinte forma: temos como diagnosticar o que aconteceu com a Educação Brasileira em língua portuguesa, matemática, ciências e língua inglesa em toda educação básica, desde o primeiro ano fundamental até o 3º ano de ensino médio”, disse.
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Ele apresentou dados considerados alarmantes no atraso de aprendizagem durante os dois anos de pandemia. Segundo o ministro, ainda que o Brasil apresente crescimento econômico, nada terá valor se o Brasil não enfrentar os desafios da Educação.
“Temos hoje um diagnóstico que mostra que das 5 milhões de crianças que a gente diagnosticou por meio da nossa plataforma, nossa política de recuperação, no 6º ano, no ensino fundamental 45% das nossas crianças não sabem as quatro operações básicas da matemática. Quase um terço dessas crianças não estão alfabetizadas no 6º ano do ensino fundamental. Na matemática, apenas 2% dos estudantes que foram avaliados se encontravam com um nível adequado de desenvolvimento educacional, 98 % precisa de alguma coisa. Então, esse é o tamanho do desafio que temos hoje que enfrentar”, destacou.
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