As obras do Centro Oficial de Treinamento (COT) do Pari, em Várzea Grande, não têm previsão para conclusão, já que, segundo o governador Mauro Mendes (DEM), até o momento não há uma finalidade para o local.
O Cot do Pari é uma das obras inacabadas que eram para ficar prontas até junho de 2014 e estão paralisadas. Orçado em R$ 31,7 milhões, o COT do Pari conta com 70% de conclusão. Do valor orçado, mais de R$ 21 milhões já foram repassados ao Consórcio Barra do Pari, liderado pela empresa Engeglobal. No projeto da obra, estava previsto para que o espaço fosse usado como local de treino para as seleções participantes da Copa do Mundo de 2014. Posteriormente seria cedido ao Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV).
No entanto, segundo o governador, não há finalidade para o COT do Pari, e o Estado não dará prioridade para uma obra que não servira para nada. “Antes de retomar precisamos saber se aquela obra serve para alguma coisa. Nós já temos o verdão, o COT da UFMT, o Dutrinha, tem muito estádio de futebol dentro de Cuiabá e Várzea Grande, nós temos que saber efetivamente qual vai ser a finalidade daquele espaço quando terminar. Não podemos concluir para depois abandonar, isso não tem menor sentido, pois não temos dinheiro para jogar fora” destaca Mendes na manhã deste sábado (05.10), durante visita técnica em obras tocadas pelo Governo do Estado, localizadas em Cuiabá.
Mendes diz que até hoje ninguém apresentou ao Governo uma proposta clara, uma alternativa viável para tornar o COT do Pari algo público e que tenha funcionalidade, ou seja, para que sirva para alguma coisa. Ele ainda questiona: “Mais um COT para quê? Para Copa de 2100, 2200? Não dá”.
Para o governador, Cuiabá não tem time para ter tantos estádios e centro de treinamentos. “Cuiabá e Várzea Grande hoje não precisa, na minha opinião e de muitos especialistas, de mais um centro de treinamento para campeonato, ou seja lá de outra natureza, tanto que fizemos a Copa sem nenhum deles, é uma obra que não tem funcionalidade. Cuiabá não tem time, não tem futebol para exigir tantos campos assim, tantos palcos esportivos, quando nós temos necessidade aí de enfrentar tantas outras obras, nós temo um hospital aqui que está há 35 anos parado, outro hospital que esta há quase 10 anos parado, temos que enfrentar essas realidades que irão dar mais resultado para a população” pontua.
O secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, também é da mesma opinião, de que não há uma finalidade para o COT do Pari, que o Estado conclua suas obras.
De acordo com ele, é preciso readequar a planilha e o projeto do COT do Pari. Além do COT, outras duas obras estão nesta situação: a Zona de Processamento e Exportação Mato Grosso (ZPE) e o Hospital Júlio Muller, porém, segundo o secretário, estas o Governo dará uma solução em 30 dias, se irá concluí-las pelo Regime Diferenciado de Contratação, ou se darão ordem de serviço pela lei 8666, o que não acontecerá com o COT do Pari.
“O Cot do Pari é um pouco mais complicado, porque você precisa ter uma finalidade para aquele espaço, não adianta você concluir aquela obra e deixá-la sem finalidade, então, precisamos de algumas soluções” explica o secretário ao fazer algumas considerações: “podemos trabalhar junto com a Prefeitura de Várzea Grande, com incorporações militares do Estado para darmos uma finalidade”.
E concluiu: “Temos que encontrar uma finalidade e concluir, o ideal seria se encontrássemos um parceiro para a conclusão, porque o Estado vive um momento crítico, com falta de recurso, não é interessante abrir mais gastos ainda, parceiros não significa privatizar, pode ter a Prefeitura de Várzea Grande como parceira” pontua.
COT da UFMT - Já as obras do COT da UFMT, segundo o secretário, já ultrapassam 95% de conclusão, mas, ainda serao feitos alguns serviços extras no local.
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