Sete meses depois da realização da Copa do Mundo em Mato Grosso, apenas 16% das obras foram concluídas. O Consórcio responsável pela obra do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) já recebeu mais de R$ 1 bilhão. A obra que começou a ser construída em junho de 2012 e tinha previsão de ser conclusa o ano passado, antes da Copa, está se tornando um pesadelo.
O VLT está na lista das obras mais cara de todas, conforme relatório apontado pela auditoria e apresentado no Jornal Nacional desta sexta-feira (20.02). O projeto prevê a construção de duas linhas com 22 quilômetros de extensão. Originalmente, estava orçado em R$ 1.477 bilhão, e segundo o governo do Estado, serão necessários pelo menos mais R$ 500 milhões para conclusão da obra.
De acordo com o secretário Gustavo de Oliveira, o recurso existe, mas há outras prioridades da sociedade que precisam ser colocadas, para uma decisão “madura de quanto investir e em que projeto”.
Algumas obras ainda não ficaram prontas e outras já apresentam problemas estruturais. Entre os problemas apontados no relatório estão à falta de um cronograma de execução das obras, falta de projetos executivos e desapropriação das áreas desafetadas e nítidos problemas na qualidade nas obras de execução e executadas.
Os técnicos asseguram que sem projetos adequados, não há como garantir a qualidade e até a segurança das obras executadas. Eles apontam ainda, que fica muito restrito o acompanhamento do processo.
Outro problema apontado no relatório é o viaduto da Sefaz, que ficou pronto, mas apresentou problemas e está interditado há seis meses por falha na estrutura e que pode comprometer a segurança. Já os Centros de Treinamentos (COTs), para a Copa não foram construídos e as obras estão abandonadas.
O Ministério Público Federal e Estadual de Mato Grosso ingressaram com ação contra o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), pelos prejuízos das obras inacabadas do VLT.
Silval Barbosa justificou que a entrega foi adiada por dificuldade em um projeto. Já o Consórcio responsável pela obra, afirmou que o atraso foi causado pela demora no pagamento e na liberação dos terrenos.
O governador Pedro Taques (PDT), garantiu que vai cobrar na Justiça devolução do dinheiro gasto a mais, e que não há previsão para conclusão dos Centros de Treinamento.
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