Edina Araújo/VG Notícias
A manifestação que começou pacífica - terminou com alguns atos mais agressivos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), nesta quinta-feira (20.06).
Um grupo de manifestante saiu da Praça Alencastro, subiu pela avenida Getúlio Vargas em direção à sede da Secretaria Extraordinária da Copa 2014 (Secopa), e depois tomou a Praça 8 de Abril - desceu a Isaac Póvoas - seguindo em direção à Assembleia Legislativa (AL/MT). Os manifestantes percorreram cerca de seis quilômetros.
O trânsito acabou interrompido na maior parte do trajeto e alguns condutores pararam os veículos para aplaudir ou fotografar a movimentação. De acordo com estimativa da Polícia Militar, 30 mil pessoas participaram da manifestação.
Os protestos foram contra as condições do transporte coletivo municipal; contra os gastos do governo com a realização da Copa do Mundo de 2014, deixando de investir na saúde, educação, mobilidade urbana; contra a proposta de emenda constitucional 37 (PEC 37, que retira o poder de investigação do Ministério Público); contra a violência policial; contra a permanência do deputado estadual, José Riva (PSD) na Assembleia Legislativa; contra a corrupção e pela reforma política.
Ao passar pela Praça Ulisses Guimarães, o grupo entrou na avenida André Maggi até chegar à frente do prédio da AL. No trecho, houve uma rápida manifestação em frente ao prédio da empresa do senador Blairo Maggi (PR).
Em frente a Assembleia, os manifestantes encontraram uma fileira de policiais de prontidão na entrada principal. O grupo ocupou a área e começou a cantar trechos do Hino Nacional. Em seguida, os gritos era pedindo a saída e a prisão do deputado Riva - representado por um boneco de cartolina. Mensagens contra Riva foram pichadas no prédio da AL e algumas vidraças ficaram trincadas. Até palavrões de baixo calão os mais afoites gritavam contra Riva.
Imagens com conteúdo contra ao parlamentar foram projetadas em uma das paredes do prédio do Instituto de Memória do Poder Legislativo. Um grupo chegou a atacar vidraças do Instituto e tentou retirar a placa de identificação do prédio, no que foi impedido por líderes da maioria dos manifestantes, contrários aos atos de vandalismo.
Logo em seguida, foi ateado fogo em uma caçamba cheia de entulhos de construção; as chamas logo foram contidas pelos próprios manifestantes – entretanto, a fumaça permaneceu forte no local até a chegada do Corpo de Bombeiros.
Como último ato do protesto, os manifestantes cercaram o espelho d'água da AL e hastearam em frente ao prédio uma gigantesca bandeira nacional, com cerca de 10 metros de largura, no lugar onde geralmente ficam as bandeiras oficiais do Estado de Mato Grosso, do Brasil e do MERCOSUL. A cada movimento produzido pelo vento, os manifestantes espalhados pelo gramado da AL aplaudiam.
A maioria dos manifestantes recolheu o material usado para protestar e foi embora a pé, mas foi grande a quantidade de lixo deixada no entorno da AL. Assim que os últimos manifestantes deixaram a entrada da AL, os 150 policiais que controlaram a região deixaram a formação e reabriram o prédio. No trajeto da Assembleia até o centro da cidade, muitos jovens retornavam para pegar ônibus ou buscar os veículos que haviam deixado no início da manifestação. Por volta das 22 horas, ainda havia muitos jovens pelas ruas.( Com informações G1/MT).
Reprodução Facebook
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