O juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), Ricardo Gomes de Almeida, suspendeu o processo eleitoral contra o atual prefeito de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), Celso Leite Garcia (PT), acusado de abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de sufrágio durante as eleições de 2016. A suspenção do processo está relacionada à morte de Esvandir Antônio Mendes.
Em 2016, Ministério Público Eleitoral (MPE), ingressou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), contra o então prefeito da cidade, Esvandir Antônio Mendes e o seu vice Celso Leite, apontando que eles teriam criado naquele ano, em pleno ano eleitoral, o Projeto de Regularização Fundiária, aprovado pela Câmara Municipal no dia 18 de julho daquele ano, praticando a conduta vedada pela Justiça Eleitoral.
Segundo narra a denúncia, o objetivo do projeto seria conquistar votos dos eleitores da cidade. O MP requereu o acolhimento da denúncia contra os gestores e a cassação do diploma eleitorais deles.
Em dezembro de 2016, o juiz Victor Lima Pinto Coelho rejeitou a denúncia contra Esvandir e Celso Leite, apontando que não existiam provas e nem elementos suficientes no processo que comprovasse o suposto ilícito eleitoral praticado pelos gestores.
No entanto, o MPE ingressou com Recurso Eleitoral junto ao Tribunal Regional Eleitoral, tentando reformar a decisão de 1ª instância e cassar os gestores.
Em despacho realizado no último dia 24 deste mês, o juiz-membro e relator do processo, Ricardo Gomes, determinou a suspensão do processo eleitoral mediante a morte de Esvandir. Além disso, intimou a Coligação Humildade e Trabalho Sempre II” – que ajudou eleger Esvandir-, para anexar aos autos, no prazo de dois dias, a habilitação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros do prefeito morto.
Crime - O prefeito Esvandir Antônio foi assassinado em 15 de dezembro do ano passado, quando foi interceptado por dois homens, em um veículo SUV, preto, a cerca de 7 km da entrada da cidade.
O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas.
O empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, a esposa dele, a médica Yana Fois Coelho Alvarenga, foram detidos como mandantes do crime.
Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito Silva, confessaram terem sido contratados por R$ 10 mil para matar o prefeito, que teria agido por motivações pessoais e políticas. Eles também foram presos.
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