A juíza da 2ª Vara Criminal de Tangará da Serra (250 km de Cuiabá), Anna Paula Gomes Freitas, usou sua conta no Instagram para pedir desculpas à sociedade, à imprensa e, principalmente, aos advogados. Em dois posts, a juíza ironiza advogado em audiência. Em uma das fotos, Anna Freitas diz “Aquela falta de paciência que vai dando quando a audiência é estressante e o advogado começa a fazer pergunta idiota!”. A magistrada tem 3.488 seguidores no instagran.
Segundo ela, o comentário foi feito como cidadã – que às vezes reclama da fila de banco, da atitude do semelhante – e que tomou conta da “juíza”. A magistrada disse que a postagem foi feita em sua conta fechada, restrita apenas para amigos, porém, foram expostas à população aos magistrados e, principalmente, aos advogados em geral, e tomaram grandes proporções na mídia.
A magistrada diz que infelizmente seu comentário viralizou de forma equivocada – e nega que tenha tido a intenção de praticar qualquer ato de ironia, ou, desrespeito para com quem quer que seja, principalmente, para com os advogados.
“E é para os advogados que dedico este ultimo trecho desta nota. Quem atuou comigo nas cinco comarcas que citei, sabe do respeito, da isonomia e da seriedade com os quais sempre tratei a classe - que compreendo o importante papel quem possuem diante da sociedade”, diz trecho da publicação.
Por fim, a juíza diz que em respeito à população, aos advogados e a Justiça, sentiu necessidade de explicar o fato e se retratar.
Entenda - Anna Paula Gomes Freitas, durante audiência, tirou diversas selfies e publicou no stories de seu perfil no Instagram - criticando um advogado por perguntas das quais a magistrada classificou como “idiotas”.
Em uma das fotos, Anna Freitas diz “Aquela falta de paciência que vai dando quando a audiência é estressante e o advogado começa a fazer pergunta idiota!”. A magistrada tem 3.488 seguidores no instagran.
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT) reagiu contra a magistrada - e protocolou pedido de providências na Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT). De acordo com a OAB/MT, a juíza feriu o Código de ética da Magistratura e poderá responder Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Confira post na íntegra
Nota pública
Em outubro deste ano completo 14 anos no pleno exercício da magistratura em Mato Grosso. Cargo que ocupo com honra, amor, dedicação e responsabilidade. Ao longo desses anos, atuei nas comarcas de Nova Canaã do Norte, Colíder, Alto Araguaia, Alta Floresta e, agora, em Tangará da Serra. Isto, sempre trilhando um trabalho sério em favor da população e do Estado, pautada no respeito com agentes que compõem o trâmite jurídico.
Contudo, infelizmente, em data recente, a cidadã comum - que reclama da fila do banco ou de uma atitude de um semelhante - tomou o lugar da juíza. As declarações que postei na minha rede social (fechada supostamente só para amigos) foram postas à população, aos magistrados e, principalmente, aos advogados em geral, e tomaram grandes proporções na mídia.
Infelizmente, viralizou de forma equivocada, pois jamais tive a intenção de praticar qualquer ato de ironia, ou, desrespeito para com quem quer que seja, principalmente para com os advogados.
A advocacia é uma profissão à qual servi, honrei e sempre respeitei e da qual tenho muito orgulho pois, antes de magistrada, fui advogada.
E é para os advogados que dedico este ultimo trecho desta nota. Quem atuou comigo nas cinco comarcas que citei, sabe do respeito, da isonomia e da seriedade com os quais sempre tratei a classe - que compreendo o importante papel quem possuem diante da sociedade.
Em respeito à população, aos advogados, bem como pela Justiça, senti a necessidade dessa explicação, como forma de retração.
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