26 de Abril de 2024
26 de Abril de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Cidades Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 15:10 - A | A

Terça-feira, 18 de Junho de 2019, 15h:10 - A | A

Operação Assepsia

Juíza mantém prisão de diretores da PCE acusados de facilitarem entrada de celulares

Lucione Nazareth/VG Notícias

 

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (18.06), no Plenário da Justiça Militar do Fórum de Cuiabá, manteve a prisão preventiva do diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, do subdiretor da PCE, Reginaldo Alves dos Santos e de três policiais militares detidos hoje na Operação “Assepsia”, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Com a decisão, Revétrio Costa e Reginaldo Santos serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Já os policiais militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior, que também tiveram as prisões mantidas, serão levados para Comandos da PM.

Cleber Ferreira para o Terceiro Batalhão de Polícia Militar, e Ricardo Oliveira e Denizel Moreira para o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Os cinco foram presos na manhã de hoje durante a operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.

Segundo a Polícia, no último dia 06 de junho, na Penitenciária Central do Estado foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido. Todo o material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos.

Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico. Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares. 

De acordo com a Polícia, com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. "Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.

No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.

Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, foram cumpridas cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760