O juiz Ricardo Frazon Menegucci, da Vara Única de Colniza (1.065 km de Cuiabá), declarou-se suspeito para julgar o processo criminal que apura o assassinato do prefeito Esvandir Antônio Mendes (PSB), 61 anos, ocorrido no dia 15 de dezembro de 2017.
O processo tem como réus o empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, a esposa dele, a médica Yana Fois Coelho Alvarenga, Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito Silva. Os dois últimos confessaram terem sido contratados por R$ 10 mil para matar o prefeito, que teria agido por motivações pessoais e políticas.
Em despacho o magistrado argumentou “foro íntimo” para não seguir atuando no processo e usou como embasamento decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e do Superior Tribunal de Justiça.
“O juiz caso não se sinta em condições - obedecendo sua consciência - de presidir determinado feito, pode declarar sua suspeição por motivo íntimo. II - A suspeição por foro íntimo, assim declarada em decorrência de causa superveniente à instauração do processo, não importa na nulidade dos atos processuais anteriores a esse fato. III - Conquanto devidamente intimado, deixou o impetrante de acompanhar o procedimento de degravação, o que o inabilita a questionar a forma de realização do trabalho, a abertura do invólucro da fita e a da utilização da aparelhagem existente, circunstâncias somente verificáveis in loco”, diz trecho extraído da decisão.
Ainda na decisão, o juiz Ricardo Frazon determinou que o processo seja remetido ao magistrado substituto da Comarca de Colniza, “sem prejuízo das baixas e anotações de estilo”.
Crime - Três homens já estão presos: Zenilton Xavier de Almeida, Antônio Pereira Rodrigues Neto e Welisson Brito Silva, suspeitos do assassinato do prefeito Esvandir Antonio Mendes. Além do prefeito, estava no veículo, a primeira-dama, o secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos.
O prefeito foi assassinado em 15 de dezembro, quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, a cerca de sete quilômetros da entrada da cidade.
O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Vando que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40.
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