O senador da República, Jayme Campos (DEM) afirmou que 53% do problema de água em Várzea Grande ocorre por desperdício. Segundo ele, os técnicos do Departamento de Água e Esgoto – DAE/VG informaram que caso não ocorresse o desperdício, a distribuição de água no município seria o suficiente para atender duas vezes a cidade de Várzea Grande.
Jayme Campos sugeriu que o DAE faça investimento em controle. “Talvez o DAE precise montar mais cavaletes, montar mais hidrômetros para cobrar do cidadão. Quando ele está lavando carro na porta, cachorro, calçada, não deve estar pagando a água”, afirmou o senador à Rádio Vila Real FM.
Campos destacou ainda, que a Autarquia precisa reforçar o sistema, mas ressaltou que a população precisa investir em caixa d’água, ou seja, criar condições para reservar água. Ele pontuou que foram furados oito poços artesianos para reforçar o sistema.
“O DAE está licitando em Várzea Grande uma nova caixa d’água de distribuição no Cristo Rei, que vai custar 25 milhões, para atender somente a região Cristo Rei, Maringá, Parque Lago. Agora, precisam ter é um reservatório maior. O que ocorre, o cidadão tem uma caixa de 500 litros, o ideal seria ter de 1500 a 2 mil litros, porque, quando vir água, ela é estocada. Falar que vai fornecer água todos os dias é humanamente impossível. Em muitos bairros a água é fornecida um dia sim outro não, em outros, um dia sim, dois dias não, mas não falta água, agora precisa ter é reservatório”, frisou o senador.
Jayme Campos alertou ainda para a quantidade de “gatos” encontrados pela equipe da Prefeitura Municipal: “Sabe porque a água não tem força? É por causa dos ‘gatos’. Eles fazem uma ligação direto na rede, sem nenhum critério técnico, e o que acontece, estoura a rede, fura o cano, e faz com que não chega o suficiente para dar volume para subir água. A Prefeitura não aguenta correr atrás das pessoas que lamentavelmente fazem os ‘gatos’. Estamos asfaltando os bairros de Várzea Grande, onde estão sendo colocado redes novas, você precisa ver o tanto de ‘gato’! Muitas vezes só num ponto tem 18 “gatos”, ai, não tem água que sustenta”, contou.
Ao ser questionado se a Prefeitura tem algum projeto de privatização do DAE, Jayme disse que não, mas garantiu que a tendência futura é essa. Ele explica o novo marco legal do saneamento básico, ao ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, estipulando prazo de até 2033, para que 99% da população tenha tratamento do esgotamento sanitário, tenha água nas residências, permite o ingresso de novos investimentos no Brasil, em torno de R$600 a R$700 bilhões, através da privatização e das PPPs (Parcerias Público-Privadas).
“Então agora, vai permitir, antigamente era a maior dificuldade, muita lambança, e nós tivemos muita responsabilidade e agora o novo prefeito de Várzea Grande, se na cabeça dele, quem quer que seja, entender que tem que privatizar, tem marco regulatório, leis preparados para fazer, e também para punir aquele que ganhar a concorrência futuramente, e amanhã ou depois não cumprir aquilo que está pactuado contratualmente, seja punido na forma da lei, mas a tendência é essa no município”, afirmou.
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