O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) disse nessa quarta-feira (02.11) que existe risco de desabastecimento de diesel em Mato Grosso e em outros sete Estados por conta das interdições em rodovias que ocorrem desde domingo (30).
A entidade manifestou sua grande preocupação com o risco real de desabastecimento de combustíveis em Mato Grosso, Pernambuco; São Paulo; Minas Gerais; Rio de Janeiro; Espírito Santo; Paraná; e Santa Catarina, “com impacto inevitável na vida das pessoas e na atividade econômica”.
Afirmou que os bloqueios em Mato Grosso, Santa Catarina, e São Paulo prejudicaram o escoamento do biocombustível para as bases de distribuição, onde são adicionados ao diesel comprado pelas distribuidoras, e por isso pleiteia a flexibilização temporária, da obrigatoriedade de adição de biodiesel ao óleo diesel A, produzido nas refinarias.
O IBP informou que vem contribuindo com órgãos do Governo e entidades do setor buscando informar em tempo real a situação de cada polo de abastecimento e debater medidas mitigatórias que possam ser ao mesmo tempo seguras e eficientes para todo o sistema de abastecimento nacional.
“É fundamental que os agentes do setor contribuam com sua experiência operacional e evitem lançar medidas que, ainda que com a expectativas positivas, possam desorganizar a cadeia em um momento crítico, sem causar impactos relevantes no abastecimento”, diz trecho da nota.
A entidade citou que uma das medidas já adotadas junto a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi a liberação dos estoques mínimos de combustível, e a flexibilização de espaço entre distribuidores, “de forma a agilizar e otimizar a gestão dos estoques”.
Além disso, demonstrou preocupação a liberação de marcas no GLP e flexibilização de venda direta de gasolina e diesel aos postos, “medidas já testadas e que pouco contribuíram em situações anteriores”, o segundo o IBP, pode gerar ineficiência operacional, insegurança nas relações entre os agentes da cadeia e criam espaço para eventuais abusos e distorções difíceis de fiscalizar.
“Reforçamos a necessidade de se avaliar com urgência e profundidade a flexibilização do percentual de Biodiesel no Diesel a ser comercializado, haja vista a dificuldade de fazer chegar esses produtos nas bases de mistura das distribuidoras, atrasando a comercialização do Diesel, já crítica em vários pontos do país”, sic nota.
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