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Cidades Quarta-feira, 12 de Agosto de 2020, 15:20 - A | A

Quarta-feira, 12 de Agosto de 2020, 15h:20 - A | A

Mapa do Covid-19 em VG

Informe Epidemiológico aponta que 81% dos várzea-grandenses foram curados da Covid-19

Adriana Assunção/VG Notícias

O Informe Epidemiológico  06/2020, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, nesta quarta-feira (12.08), aponta que 81% dos infectados pelo novo coronavírus residentes de Várzea Grande, estão curados. Segundo os dados analisados pelos pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), grande parte dos bairros há diminuição do ritmo de surgimento de casos novos, porém no Centro e no Cristo Rei esta diminuição do ritmo é menor do que nas outras áreas da cidade.

Conforme os dados, de 16 de março, quando foi registrado o primeiro caso de residentes em Várzea Grande, a 8 de agosto de 2020, foram confirmados 5.102 casos. Desses, 4.132 (81,0%) se recuperaram, 331 (6,5%) foram a óbito, 551 (10,8%) estão sendo monitorados (em isolamento) e 87 (1,7%) continuam internados.

Dos 5.102 casos confirmados, 52,2% foi do sexo feminino, dentre estas 18 eram gestantes. A idade média foi 42 anos sendo que quase a metade (46,4%) dos casos, tinha entre 30 e 49 anos, e o grupo de 20 a 49 anos concentrou 63,1% dos casos; idosos 15,4% (786) dos casos; e cerca de 7% eram crianças e adolescentes (0 a 19 anos).

Consta do Informe que com proporções semelhantes entre os sexos, chamou atenção o percentual bem mais elevado de crianças do sexo masculino quando comparado ao sexo feminino. A taxa de incidência por faixa etária revela que a taxa mais elevada foi de idosos (2.737,0/100.000 habitantes), seguida por 40 a 49 anos (2.717,0/100.000) e adultos de 50 a 59 anos (2.623,4/100.000).

Comorbidades - Aproximadamente 44% dos indivíduos com COVID-19 residentes em Várzea Grande referiram a presença de comorbidades. Ao todo, 2.236 informaram comorbidades, isoladas ou associadas, prevaleceram hipertensão arterial (566), diabetes mellitus (467), doença cardiovascular crônica (251), doença pulmonar crônica (108), doença renal crônica (55), obesidade (57) e neoplasia (18). Hipertensão arterial e diabetes mellitus estiveram presentes conjuntamente em 333 indivíduos e 73,2% daqueles com obesidade também eram portadores de hipertensão arterial (41).

Sintomas - Os sintomas mais frequentes entre os indivíduos sintomáticos (4.747) foram: tosse (2.076), febre (2.004), dor de garganta (1.292), dispneia (746), cefaleia/dor de cabeça (724), desconforto respiratório (472), diarreia (468), perda do paladar (435), perda do olfato (422), mialgia (284), coriza (254), dor no corpo (221) e vômito (153) (Figura 7). Cerca de 6% dos casos de COVID-19 residentes em Várzea Grande foram assintomáticos.

Internações - Desde 1º de abril a 08 de agosto estiveram internados 915 indivíduos com COVID-19 residentes em Várzea Grande e desses, 64,3% haviam se recuperado e recebido alta e 33,9% foram a óbito até 08 de agosto. Mais da metade dos pacientes internados eram do sexo masculino (55,4%) e entre as mulheres 3,4% (14) estavam gestantes.

A maioria das internações ocorreu em hospitais públicos (74,3%). Cabe ressaltar que mais da metade (66,4%) dos leitos eram pactuados pelo SUS para o atendimento a pacientes com COVID-19. Cerca de 60% (58,3%) das internações ocorreram em hospitais de Várzea Grande e 41,7% ocorreram em hospitais de Cuiabá. Do total de internados residentes em Várzea Grande, 38,6% foram no Hospital Estadual Metropolitano.

A média de idade entre os pacientes internados era de 56,3 anos (mediana 56,0 anos), 42,8% com 60 anos ou mais de idade. Entre os pacientes internados, 24 eram profissionais de saúde sendo 41,7% da área da enfermagem.

A taxa de permanência hospitalar entre aqueles que já receberam alta ou foram à óbito foi de 8,2 dias com tempo mínimo de 0 dia e máximo de 61 dias e mediana 6 dias. O intervalo entre o início dos sintomas e a internação foi de 8 dias (0 a 65 dias), mediana de 7 dias.

Entre todos os pacientes internados com evolução do caso (cura/óbito), 10,9% ocuparam leitos de UTI desde o momento de internação até a alta/óbito. No momento da internação 13,9% (127) precisaram de leitos de UTI, tendo ocorrido melhora de alguns que, posteriormente, foram transferidos para leitos de enfermaria (16,5%). Entretanto, entre os pacientes que internaram em leitos de enfermaria (697), 14,1% necessitaram ser transferidos para leitos de UTI durante a internação.

Fizeram uso de ventilação mecânica 242 (26,4%) indivíduos, sendo que durante a internação, somente 237 necessitaram desse procedimento. Entre os 503 pacientes com informação sobre a saturação de oxigênio na internação, 70,7% foi classificada com moderada ou grave. Entre os pacientes internados com confirmação laboratorial (754) dos casos, 32,4% foram por meio de RT-PCR e 63,4% por teste rápido; 152 pacientes tiveram diagnóstico clínico.

Ainda conforme os dados, mais da metade dos pacientes internados até o dia 08 de agosto referiram comorbidades (559 ou 61,1%). Entre as mais frequentes destacam-se hipertensão (409), diabetes mellitus (230), doença cardiovascular (80), doença pulmonar (36), neoplasia (21), obesidade (19) e doença renal crônica (35).

Mortalidade - Foi registrada 331 óbitos em residentes em Várzea Grande, resultando em taxa de letalidade de 6,5%, A taxa de mortalidade por COVID-19 em residentes de Várzea Grande (116,1/100.000 habitantes). Do total de óbito,58,3% eram do sexo masculino, com idade média de 64,2 anos sendo 62,5% idosos e entre eles cerca de 39% tinham entre 60 a 69 anos.

Dos 309 indivíduos que estiveram internados e vieram a óbito, 87,0% ocuparam leitos de UTI sendo que 46% estiveram em leitos de UTI desde o momento da internação. A média de permanência (média entre a data de internação e data do óbito) foi 9,6 dias (1 a 61 dias). O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação foi de 7,4 dias (1 a 47 dias) e entre o início dos sintomas e a morte foi 16,6 dias (1 a 70 dias).

Mais de 3/4 dos indivíduos que foram a óbito apresentavam comorbidades (77,6%). Entre os que se conheciam a comorbidade (257), as mais frequentes foram: hipertensão (191), diabetes (144), doença cardíaca (53), doença renal (22), doença pulmonar (20), neoplasia (2) e obesidade (8).

 

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