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Cidades Segunda-feira, 14 de Março de 2022, 16:03 - A | A

Segunda-feira, 14 de Março de 2022, 16h:03 - A | A

MAUS TRATOS

Hospital aponta “falta de higiene” em partes íntimas de bebê que morreu; polícia investiga estupro

Na segunda (07), o padrasto da criança foi preso sob acusação de ter estuprado a bebê.

Rojane Marta/VGN

Nota emitida pelo Hospital Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda, que prestou o primeiro atendimento a bebê Mariah, de seis meses, que morreu na terça (08.03) à caminho de Cuiabá, afirma que a criança foi vítima de maus tratos.

Na segunda (07), o padrasto da criança foi preso sob acusação de ter estuprado a bebê. Contudo, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), relatou que exame realizado na bebê, constatou ausência de sinais de violência sexual, o hímen da criança estava intacto. Conforme o relatório, após a necropsia, a Politec constatou que a causa da morte foi por insuficiência respiratória devido à pneumonia.

Na nota, o hospital relata que a bebê deu entrada na unidade na manhã de segunda (07), com sua mãe, com um quadro de insuficiência respiratória grave, agitada, chorosa, abdome distendido, com grandes dificuldades de respirar. “Foi prontamente atendida pelo médico pediatra de plantão, que a medicou, solicitou exames e a já foi colocada na máscara de oxigênio” cita nota.

Contudo, segundo relatado na nota, “quando posteriormente a equipe de enfermagem foi fazer o acesso venoso, a mãe negou que fosse feita higienização completa na bebê, e nesse momento a mãe relatou que ela tinha um problema de hemorroida, a enfermeira achou a postura da mãe estranha, e chamou a médica para avaliar a bebê, e verificar o relato da mãe”.

“No momento do exame, a médica percebeu alterações expressivas nos órgãos genitais, e também um prolapso retal. Para que houvesse uma segunda avaliação, foi chamado então outro médico, um cirurgião para nova análise, que também constatou as mesmas lesões da colega anterior, e mais, no momento da avaliação do cirurgião, quando ela estava sendo examinada saiu um líquido translúcido de dentro da sua genitália, em grande quantidade. Esse líquido foi coletado e enviado para análise, e o resultado foi que: nem as bactérias comuns da flora vaginal constavam no exame, tamanha intensidade da higienização no local” diz nota do Hospital.

Conforme a nota, a mãe ficou surpresa em ver a situação dos órgãos genitais da sua bebê, indagando o médico, do que poderia ter acontecido a sua filha. “A equipe achando muito estranho, a questionou: se ela não dava banho na bebê, para não ter visto os ferimentos” cita nota.

Diante do cenário, o Conselho Tutelar foi acionado pelo Hospital Vale do Guaporé, para tomar as devidas providências, uma vez que foi detectado esse possível abuso. Porém, o Hospital afirma que em nenhum momento acusou alguém de estupro.

“Vale salientar e ressaltar que em momento nenhum os profissionais desta Instituição acusaram ninguém de estupro, todo procedimento realizado com a bebê consta em prontuário médico. Entendemos que diante dos fatos relatados, seria de enorme negligência de nossos profissionais que, se furtassem em relatar aos órgãos competentes o quadro clínico em que esta criança deu entrada no Hospital, não só ao contexto que foi constato no decorrer das avaliações, e mais, o quadro clinico gravíssimo que a paciente chegou até o Hospital, caracterizando clareamento maus tratos, uma vez que a própria mãe relatou que a bebê estava passando mal a 5 dias” destaca a nota.

Em entrevista a TV Local, o delegado responsável pelo caso, Marlon Luz, relatou que a Polícia, devido ao exame da Politec, não conseguiu comprovar o estupro na bebê, mas que há forte suspeita que o acusado tenha violentado a irmã de Mariah, de sete anos. Segundo ele, o inquérito sobre este caso está de 80 a 90% concluído.

“Pelo histórico de comportamento do suspeito, e pelo histórico de agressão e de relacionamento dele com a criança naquele momento, foi necessário deferimento da prisão para ele se afastar do lar. Laudo pericial da Politec afirmou que não houve violação do hímen da criança, mas foi inconclusivo pela prática de outros atos libidinosos, não confirmamos a prática do crime, mas quando o Conselho Tutelar trouxe essa notícia para nós, tentamos angariar o maior número de prova possível, foi um crime chocante. Agimos rápido, pois ele estava querendo fugir do hospital com a mãe e bebê”.

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