Os funcionários em greve da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram a reabertura da guarita de acesso ao campus pelo bairro Boa Esperança. Esta medida permite que os ônibus circulem internamente, facilitando o deslocamento de estudantes e servidores, a partir desta sexta-feira (22.03).
A decisão ocorreu em assembleia geral na quinta-feira (21), com a participação de aproximadamente 360 servidores. Optou-se pela abertura parcial do campus, liberando uma faixa em ambas as guaritas. A próxima reunião está marcada para terça-feira (26), no Hospital Universitário Júlio Muller.
Luzia Melo, coordenadora geral do Sintuf, destacou a importância da greve e das negociações com o Governo Federal, previstas para 1º de abril. “Nosso movimento busca avançar nas propostas e demonstrar nossa abertura para negociação”, afirmou. A greve, que começou em 11 de março, tem ampla adesão, com 62 das 69 universidades federais participando.
Outras decisões importantes incluem a solicitação para a retomada do "Ligeirinho", o transporte coletivo interno, e esclarecimentos sobre a suspensão deste serviço, desmentindo alegações de que teria sido uma determinação do comando de greve. Leia de Souza Oliveira, membro do Comando Local de Greve, criticou a gestão da universidade pela interrupção do serviço e destacou a importância de manter os estudantes informados sobre os motivos da paralisação.
A paralisação busca melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira e mais recursos para as universidades. Desde a aprovação do plano de carreira em 2005, os reajustes salariais não acompanharam a inflação, resultando em salários significativamente inferiores aos de outros servidores federais. A greve afeta diversas atividades na UFMT, com alguns serviços essenciais operando a 30% da capacidade e possíveis suspensões de aulas práticas ou de campo.
Entre as reivindicações estão a recomposição salarial e orçamentária, o direito de greve, a redução da carga horária para 30 horas semanais, oposição ao ponto eletrônico, melhorias para aposentados, contratação de mais servidores, a deposição de reitores interventores, e oposição à Reforma Administrativa, entre outros.
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