O fim da greve dos médicos da rede municipal de Várzea Grande, que já dura mais de sete meses, será decidido nesta sexta-feira (22.02), por meio de uma assembléia geral, para decidir se a categoria dará uma trégua na paralisação e voltará normalmente aos trabalhos.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz, o prefeito Walace Guimarães (PMDB) e a secretária municipal de Saúde, Jaqueline Guimarães (PHS), apresentaram nesta terça-feira (19.02) uma proposta bastante satisfatória à classe dos médicos, conforme ela, a proposta atende grande parte das reivindicações da categoria.
“Com a proposta que o prefeito e a secretária apresentaram, acredito que a categoria pode dar um voto de confiança a eles, e na assembleia desta sexta decidir se retorna normalmente aos trabalhos nas unidades de saúde do município”, declarou Elza em entrevista ao VG Notícias.
Segunda ela, o prefeito garantiu que já está realizando a aquisição de medicamentos, equipamentos e outros insumos para área da saúde, atendendo assim, uma das demandas da categoria. Mas em relação às reformas nas unidades de saúde, Walace declarou que por enquanto, não será possível, devido a falta de recurso.
Elza informou ainda, que Walace garantiu aos médicos que já está fazendo a convocação dos aprovados no concurso público, mas que alguns deles não aceitaram assumir a vaga, que, segundo Elza, é devido à baixa remuneração e as condições de trabalho. Atualmente o piso de um médico em Várzea Grande é de R$ 1,9 mil por 20 horas de trabalho. O profissional recebe ainda, uma gratificação que varia entre R$ 700 à R$ 3 mil, dependo da unidade de saúde o qual ele exerce a função.
A presidente do Sindimed destacou que a proposta apresentada prevê um reajuste salarial de 6% a 10%, aumentado assim, R$ 190 no salário dos médicos. A categoria pediu que o prefeito reajustasse também o piso, para ser o mesmo de Cuiabá - R$ 2,6 mil, porém Walace declarou que no momento isso não seria possível, pois, primeiro precisa fazer um estudo no Plano de Cargo, Carreiras e Salários dos médicos.
Outro assunto debatido foi em relação a um novo concurso público para a categoria, sendo que hoje no município dos pouco mais de 350 médicos que trabalham na rede municipal, 80% não são concursados e ainda apresentam, em alguns casos, servidores com contratados irregulares.
“O prefeito disse que este ano não tem condição de fazer um novo concurso, e pediu prazo para realizar um estudo sobre o assunto, mas que no ano que vem ele acredita que será possível realizar o concurso”, contou a sindicalista.
Ao finalizar, Elza declarou que assim como em Cuiabá, a categoria propôs a criação de comissões para acompanhar as reformas nas unidades, para fazer o estudo no Plano de Cargo, Carreiras e Salários dos médicos e também na viabilização do concurso público voltado para a categoria na cidade.
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