O secretário Estadual de Fazenda, Seneri Paludo, avaliou na manhã desta quinta-feira (01.09), durante entrevista a Centro América FM, a situação econômica do Governo e afirmou que existe um descompasso que não pode mais ser permitido.
“O Estado tem 3,3 milhões de habitantes, destes, arrecadam R$ 9 bilhões e o Estado tem R$ 100 mil servidores, com a folha salarial no ano de R$ 10 bi. Ou seja, R$ 3 milhões de habitantes financiando 100 mil pessoas. Não estou entrando no mérito se é bom ou ruim isso, mas existe um descompasso que não pode ser permitido mais”.
Ainda segundo ele, o problema já havia sido alertado na gestão do ex-governador, Silval Barbosa. “O problema começa em 2004 e vem acentuando esse processo, até por conta de várias leis de carreiras que foram aprovadas separadamente. Então, você tem uma somatória de dois fatores, e ele vem sendo acentuado. A fala do Marcel Cursi deixa claro que eles sabiam que a partir de junho de 2016 eles não conseguiriam pagar mais salário, ou seja, lá em 2014, eles sabiam que o Estado não conseguiria fazer. Isso é uma bomba armada”.
Segundo Paludo, o que o governo arrecada hoje, especialmente ICMS, é para pagar folha salarial. “Quando eu falo funcionalismo público, eu estou colocando todos os poderes, não só do Executivo. Hoje, tudo que a gente arrecada, principalmente de ICMS, serve para pagar folha salarial. Se você olhar isso do ponto de vista do desenvolvimento, um Estado que não faz investimento, ele não cresce”.
Em relação a soluções, o gestor pontua duas alternativas, entre elas, o envio do FEX pelo governo Federal a Mato Grosso.
“A gente tem trabalhado nas duas formas: a primeira cortando gastos, enxugar ainda mais o tamanho da máquina. O segundo é fazer esse avanço no ponto de vista da arrecadação. Que são duas específicas, com a efetivação do presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB) que com o bom relacionamento que tem com ele com o governador, existe a sinalização positiva que o FEX vem aí. Isso é muito importante porque são R$ 420 milhões no caixa do Estado. Ainda assim temos que fazer um esforço extra”.
E finalizou: “Não cabe a mim achar problema, e sim solução. Temos um descompasso e precisamos achar alternativas. O problema não é só do Estado, é um problema Nacional”.
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