Um grupo de estudantes, representados por um porta-voz, que não quis se identificar por medo de represália, denunciou a situação insalubre que os estudantes estão convivendo nas dependências da Escola Estadual Professora Adalgisa de Barros, na avenida Governador Pedro Pedrossiam, em Várzea Grande.
Em entrevista ao na tarde desta segunda-feira (19.08), o estudante afirmou que não são apenas infestações de pombos no ambiente escolar, pois a unidade também está enfrentando outras séries de problemas como esgoto a céu aberto, ratos, banheiro se tornando a lagoa, entre outros.
Em relação à quantidade de pombos na dependência da escola, o aluno disse que nas calhas é possível encontrar um número maior desses animais, mas segundo ele, até mesmo nas refeições esses animais estão presentes.
“Estamos comendo com os pombos e tomando café da manhã com esses animais voando em nossas cabeças. As fezes dos pombos estão por todo lugar, nas mesas e nos bancos que sentamos”, desabafou.
O estudante citou um buraco na quadra cheio de lixos e bichos como ratos e baratas, que os responsáveis da escola tentaram esconder encostando um bebedouro no local. O aluno também detalhou a situação do banheiro.
“Quando puxamos a descarga ao invés da água descer ela transborda e fica uma lagoa o banheiro. As mulheres limpam lá, mas é 10 minutos e está alagado de novo”, externou.
O rapaz disse que o grupo de amigos tentou entrar em contato com a Vigilância Sanitária e também com os responsáveis pela escola, mas até o momento tudo permanece do mesmo jeito.
“Os pombos continuam andando dos nossos lados. Já recorremos na escola para falar que é um perigo, porque doença de pombo não é brincadeira. Se alguém ali pegar uma doença e questão de morte. Esses animais estão por todos os lugares até mesmo na nossa horta, nos alimentos que comemos”, concluiu o porta-voz dos alunos Adalgisa de barros.
Antes da reportagem entrevistar o estudante, o recebeu uma denúncia anônima relatando esses ocorridos. O fato foi confirmado pelo aluno. Segundo ele, causa revolta nos alunos, mas tem medo de se identificar.
O denunciante já havia comentando que a escola tem enfrentado uma série de problemas que, segundo ele, comprometem gravemente o bem-estar dos alunos, professores e demais funcionários.
Conforme as imagens encaminhadas por ele, os pombos aparecem alojados em áreas comuns da escola, como pátios, corredores e refeitórios. Em algumas fotos, é possível ver fezes dos animais sobre as mesas e até mesmo em um dos bebedouros da escola.
As fezes de pombos podem transmitir algumas doenças, entre elas: salmoneloses (intoxicação alimentar), psitacose (febre dos papagaios), histoplasmose (infecção fúngica) e a criptococose (infecção pulmonar), além de doenças alérgicas.
Essas doenças podem ser particularmente perigosas em ambientes como escolas, onde há grande circulação de pessoas, especialmente crianças, que são mais vulneráveis.
Outro lado - O tentou entrar em contato com a unidade escolar, mas o telefone disponibilizado na internet não funciona e também não obteve retorno pelo email ([email protected]).
A reportagem também conversou com a assessoria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que informou que encaminhou a demanda para escola, e assim que tivesse resposta daria um retorno. Contudo, até o fechamento da matéria a reportagem não teve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.
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