O Egito, um dos países que embargaram a compra de carne bovina de Mato Grosso, após confirmação de um caso atípico do mal da vaca louca, suspendeu a restrição, conforme anunciou o Ministério da Agricultura brasileiro. Nesta quinta-feira (28) os ministros da agricultura Neri Geller e Adel El-Beltagy reuniram-se naquele país.
A restrição imposta em maio ao comércio seria válida por 180 dias e exclusiva ao estado brasileiro. "Conseguimos cumprir o nosso objetivo de viagem que era suspender o embargo da carne bovina nos dois países”, disse Neri Geller, em comunicado divulgado. Nesta semana o Irã também disse que irá reestabelecer as negociações com fornecedores brasileiros.
Segundo o Mapa, neste ano as exportações de carne ao Egito somaram 82 milhões de quilos, gerando uma receita de US$ 284 milhões.
O Egito foi o segundo país a impor embargo temporário em função da ocorrência da doença em uma fêmea de 12 anos, criada em propriedade rural de Porto Esperidião, no sudoeste de Mato Grosso.
O Peru, primeiro da lista que interrompeu as aquisições de carne de todo o Brasil, ainda mantém o embargo.
O caso
A fêmea doente era criada em uma propriedade rural de Porto Esperidião, mas apenas no frigorífico em São José dos Quatro Marcos apresentou os sintomas, após ser encaminhada ao abate, em 19 de março. O animal foi sacrificado e uma amostra de material encefálico encaminhada para avaliação.
Tantos os exames feitos em laboratório agropecuário nacional (Lanagro) quanto na Inglaterra, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), acusaram a presença da proteína príon, que é o mal causador da doença. O caso foi classificado como atípico.
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