Éder Moraes (PHS), ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso e réu em 7 ações penais por lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, deixou o Centro de Custódia de Cuiabá. Ele ficou preso por 135 dias e foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, ele vai usar tornozeleira eletrônica que faz parte das três medidas cautelares determinadas pelo juiz Jeferson Schneider, titular da 5ª Vara Federal e responsável pelos processos contra Eder.
As outras duas são proibição de manter contato com outros investigados e réus em processos da Operação Ararath e não sair de casa entre às 18h e 6h do dia seguinte. Ou seja, deverá passar todas as noites recolhido dentro de sua mansão no condomínio Florais do Lagos, em Cuiabá. Ele já deixou o Centro de Custódia com a tornozeleira na perna. O equipamento foi colocado por servidores da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Os filhos de Eder foram para o local aguardar sua saída.
Foi a 2ª prisão do político e executivo que já comandou importantes pastas nos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), durante desdobramentos da Operação Ararath, deflagrada em novembro de 2013 pela Polícia Federal juntamente com o Ministério Público Federal (MPF) para desarticular um complexo esquema de crimes que movimentou mais de R$ 500 milhões. Eder é apontado com mentor e operador político de todo o esquema colocado em prática, segundo o MPF, com apoio do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça.
Éder foi preso pela primeira vez no dia 20 de maio de 2014 na 5ª fase da operação e ficou preso por 81 dias. Depois, voltou a ser preso no dia 1º de abril deste ano sob acusação de transferir imóveis e carros para nomes de terceiros e de um filho menor de idade para tentar ocultar a real propriedade dos imóveis e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro de bens.
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