O Ministério Público Estadual (MPE) abriu um procedimento investigativo contra a diretora da Escola Municipal Professor Oscar da Costa Ribeiro, localizada no bairro São Mateus, em Várzea Grande, Odete Araújo de Almeida, e contra seu esposo, por abandonar a escola para passear.
De acordo com procedimento contra a gestora escolar, Odete viajou em janeiro deste ano fora do período de férias coletivas, juntamente com o seu marido Roberto Hilário da Cruz (que seria guarda da escola), para passar as férias na praia, abandonado a instituição as vésperas do período escolar, e também deixando a escola sem segurança, já que Hilário seria o único vigia do local.
Conforme a denúncia, Odete e Roberto teriam contratado o proprietário da cantina da escola, identificado como Daniel, para realizar serviço de guarda da unidade de ensino enquanto o casal curtia as férias.
Na denúncia cita que o casal teria acordado com Daniel que os dias que ele ficasse como vigia seriam descontados no valor do aluguel da cantina que o homem estaria pagando a direção da escola, no caso a Odete.
A Secretaria Municipal de Educação informou que não tem conhecimento sobre concessão de férias para Roberto Hilário Cruz por parte da administração. Sobre Odete Araújo, a pasta disse que a mesma já tinha tirado férias em 22 de julho de 2014 não sendo possível uma nova concessão, fora do período de férias coletivas.
As férias coletivas aos profissionais da Educação Escolar Básica que integram o quadro de pessoal da Secretaria Municipal de Educação de Várzea Grande, do exercício de 2014/2015, foram concedidas no período de 19 de dezembro de 2014 a 17 de janeiro de 2015.
Já sobre a contratação do senhor Daniel por parte do casal, a Secretaria explicou ao MP que a mesma não poderia ter sido realizada já que ele não fez contagem de pontos na rede municipal que o credenciaria para uma possível contratação.
Por conta das denúncias e das explicações da Secretaria de Educação, o MP instaurou um procedimento preparatório de inquérito civil contra Odete Araújo e Roberto Hilário, já que os atos supostamente praticados por ela, caso sejam comprovados, podem configurar ofensas aos princípios que informam a Administração Pública.
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