Assessoria
Desde as 06 da manhã de hoje (21.09), o diretor da Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva, em Várzea Grande, José Cícero da Mota, começou uma greve de fome para protestar contra o fechamento da unidade educacional.
José Cícero classifica como uma injustiça o fechamento da escola. “Eu, como não aceito injustiça e o que está ocorrendo com a Escola Licínio Monteiro é uma injustiça, vou usar esta tribuna para anunciar que a partir de amanha às 6 horas da manhã eu começo uma greve de fome até que se reveja a situação da escola Licínio Monteiro” disse nessa segunda (20.09), durante audiência pública na Assembleia Legislativa para debater sobre o fechamento de escolas estaduais no município de Várzea Grande.
O secretário estadual de Educação, Alan Porto, um dos principais esperados para o debate, não compareceu na audiência. A convocação de Porto foi requerida pelo deputado Lúdio Cabral (PT) e aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais.
Com 1.634 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), estudantes portadores de deficiências, além do ensino regular, do nível médio e fundamental, o Governo pretende ceder o prédio da escola ao município de Várzea Grande, para que a unidade possa atender os estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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Para o diretor, faltou diálogo por parte do Governo do Estado com a comunidade escolar. Ainda, disse que não houve planejamento do Governo, pois a unidade para onde os alunos da Escola Licínio Monteiro serão realocados, a Pedro Gardés, não comporta tanto estudantes.
“Estou na função diretor da escola Licínio Monteiro, mas ate ano passado, eu era diretor da EE Pedro Gardés, e quando a SEDUC nos procura para falar de redimensionamento e fala que vai levar alunos que estão estudando na escola Licínio Monteiro para escola Pedro Gardés, a gente pensa que eles não conhecem a realidade local, se conhecesse a realidade local eles iriam descobrir, por exemplo, que a escola Pedro Gardés possui 12 salas de aulas e hoje conta com 15 turmas do período matutino e no vespertino, ou seja, existem turmas que estão em ambientes que não existem. E eles hoje estão falando em redimensionar alunos de uma escola que tem espaço, que tem demanda, que sempre participou do redimensionamento da região central, sem conhecer de fato o que vem ocorrendo na região central do município de Várzea Grande. É importante enfatizar que a escola Licínio Monteiro, por se localizar em região central, ela não tem demanda de série inicial de 1 a 5 anos, esse aluno ele vai sair de bairro, assim como as demais unidades de região central” explanou.
Ao finalizar, o diretor também colocou o cargo a disposição. “A Escola Licínio Monteiro não atende do primeiro ao quinto ano, é uma indignidade o que se esta fazendo com a Licínio Monteiro, eu não estou falando em nome de função, a função de diretor coloco a disposição também caso vocês queiram”.
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