Tomada por matagal, restos de entulhos, paredes pichadas, estrutura deteriorada que permite o acúmulo de água da chuva e também serve de abrigo para usuários de droga. São estas as condições que se encontram o Centro Oficial de Treinamento Rubens dos Santos, o COT do Pari, em Várzea Grande, uma herança maldita deixada pela gestão de Silval Barbosa.
O nas Ruas visitou a obras do COT que estavam previstas para Copa do Mundo de 2014, mas segue paralisadas por mais de 10 anos.
“Esse é o local onde seria o Centro de Treinamento para Copa do Mundo de 2014. Cerca de 30% das obras executadas. Aqui seria a arquibancada e aqui seria o local onde ficariam as pessoas para ver o treinamento. Vocês podem acompanhar nas imagens o local completamente abandonado. Aqui seria um dos vestiários, totalmente depredado por vândalos. Estamos em 2023 e nada”, mostra o repórter do , Kleyton Agostinho.
Em 2022, o governador Mauro Mendes (DEM) chegou a declarar à imprensa que o Centro Oficial de Treinamento seria transformado em um Centro de Treinamento das Forças de Segurança. Na oportunidade, externou o desejo de 'sepultar' parte desta história que não orgulha os mato-grossenses.
Ao , a Secretaria de Estado de Logística e Infraestrutura (Sinfra-MT) informou, por meio de nota, que homologou um acordo na Justiça com a empresa responsável pelas obras do COT do Pari. “No momento, a empresa trabalha na elaboração do cronograma para a retomada das obras. O local será adaptado para se transformar no Centro de Treinamento das Forças de Segurança”, informou a assessoria, porém, sem dar previsão de quando serão retomadas as obras.
Segundo informações do Governo, as obras devem ser retomadas por meio do Programa Mais MT com investimentos de R$ 25 milhões para a construção de uma Academia Integrada da Segurança Pública. Deste montante total, 63% serão de recursos próprios do Governo de Mato Grosso, e o restante por meio de operações de crédito, convênios e emendas.
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Imbróglio Judicial - O Consórcio Barra do Pari, responsável pela execução das obras, alegou em recurso que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) que se encontra com o contrato em vigência prorrogado, porém, suspenso pelo Decreto nº 2, de 2 de janeiro de 2015, aguardando a ordem de reinício dos serviços para finalização, enquanto permanecem pendentes as três últimas medições.
Em setembro de 2022, a empresa requereu o pagamento dos valores das Notas Fiscais n° 32, 33 e 34, de serviços já prestados e auferidos pelo Ente Público, no importe de R$ 234.779,27.
“Desse modo, é certo que a existência de débito fiscal não pode ensejar a retenção dos pagamentos decorrentes dos serviços prestados pela empresa contratada, sob pena de violação do princípio da legalidade, bem como, podendo caracterizar o enriquecimento ilícito da Administração Pública”, cita trecho do documento assinado pelo procurador de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho.
Contudo, o caso segue na Justiça, enquanto isso, o local serve de vergonha para a população mato-grossense, principalmente, para os várzea-grandenses, herança da Copa de 2014. Sobraram para Várzea Grande, além desta vergonha, a avenida da FEB, toda destruída e que já enterrou muitas vidas por conta de acidentes pelas péssimas condições deixadas pelo abandono do VLT.
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