As 90 famílias que foram despejadas do Residencial Colinas Douradas, em Várzea Grande, após decisão judicial de reintegração de posse para a Caixa Econômica Federal (CEF), e se encontram alojadas, temporariamente, no Ginásio Poliesportivo Valdir Pereira, bairro Mapim, devem ser cadastradas, nos próximos dias, nos programas sociais das Prefeituras e Várzea Grande e de Cuiabá.
De acordo com manifestação da Defensoria Pública da União, em 27 de janeiro deste ano, o órgão participou de uma reunião com o prefeito Kalil Baracat (MDB) e representantes das Secretarias de Habitação de Várzea Grande e de Cuiabá para tratar sobre a situação de extrema vulnerabilidade em que essas famílias se encontram.
Conforme o defensor público federal Renan Sotto Mayor, na reunião, foi estabelecido que os dois municípios irão cadastrar as pessoas abrigadas no Ginásio e verificar a possibilidade de algum benefício social ou de alguma forma de garantir o acesso à moradia dessas pessoas.
Entenda – O mandado de reintegração de posse do Residencial, foi cumprido pela Polícia Federal em 16 de dezembro do ano passado, após determinação do juiz da 1ª Vara Federal Cível e Agrária da Seção Judiciária de Mato Grosso, Ciro José de Andrade Arapiraca.
Com mais de mil unidades, o Colinas Douradas faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, que tem como agente financiador a Caixa Econômica Federal. O Residencial estava com as obras paralisadas em decorrência de erros no projeto e em setembro deste ano foi ocupado por populares em busca de moradia própria.
Em nove de setembro de 2020 o imóvel foi ocupado por mais de 200 famílias, sendo que dois meses depois, o imóvel passou a ser ocupado por mais de 1.100 famílias. Dentre os ocupantes, idosos e crianças.
Após cumprimento da ordem de reintegração de posse, o magistrado federal determinou que o município providenciasse alojamento para as famílias que não tivessem para onde ir. Foi então, que o município disponibilizou o Ginásio para alojar essas pessoas, porém, apenas 90 famílias ficaram no local.
Obra parada – As obras do Residencial foram lançadas em 2017, e contou com investimentos de R$ 17,4 milhões, porém, não foram concluídas.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).