Em Mato Grosso 164.907 mil pessoas que já deveriam ter tomado a segunda dose da vacina contra a Covid-19 para completar o ciclo de imunização estabelecido pelas autoridades sanitárias ainda não o fizeram. A informação consta do Boletim VigiVac da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia com base em dados até 25 de outubro.
Segundo o levantamento 258.673 mil pessoas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca em Mato Grosso, sendo que 28,3% delas não retornaram para aplicação da segunda dose, representando um total de 73.377 mil.
Em relação a Coronavac a porcentagem de pessoas que ainda não tomaram a segunda dose é maior: mais de 68%, sendo que dos 85.653 que receberam a primeira dose um total de 56.685 não retornaram ao posto de vacinação.
A vacina da Pfizer é o que representa menor índice de pessoas faltantes na aplicação da segunda dose: pouco mais de 17%. Dos 924.732 mil mato-grossenses que receberam a primeira apenas 166.208 mil não compareceram para completar o ciclo vacinal.
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Agora em relação aos municípios, a pesquisa aponta que em Várzea Grande 14.099 pessoas podem estar com a vacina atrasada, ou seja, tomaram apenas a primeira dose, sendo que 5.577 mil em relação a AstraZeneca, 5.119 da Coronavac e 3.403 da Pfizer.
Na Capital, 32.210 pessoas constam com vacina atrasada, sendo que 13.106 o imunizante da AstraZeneca, 12.082 da Coronavac, e 7.022 da Pfizer.
De acordo com os pesquisadores, cerca de metade dos atrasados já deveria ter tomado a segunda dose há mais de 30 dias e 14% deles já perderam o prazo há mais de 90 dias.
Porém, segundo eles, esse resultado pode ser justificado por alguns fatores: como atrasos da segunda dose, demora para registro e envio dos dados para a base do Ministério da Saúde, esgotamento e sobrecarga das equipes de gestão, vigilância e atenção à saúde, disseminação de notícias falsas sobre a imunização, falta de estoque de reserva de imunizantes e mortalidade, dentre outros.
“É necessária uma análise cuidadosa, por parte dos gestores locais de saúde, para identificar localmente as mais prováveis causas do atraso. Este diagnóstico será útil para orientar as ações de estímulo à população para completar o esquema vacinal”, alertam os cientistas.
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