O presidente da Federação de Pesca Esportiva e Pousadas de Mato Grosso (FEPESTUR), Tarso Ricardo Lopes, acredita que a implementação do projeto de lei nº 668/2019, denominado Cota Zero, precisa ser feito no Estado, pois, segundo ele, para o turismo “o peixe vale bem mais vivo do que morto”. Ainda, de acordo com ele, a medida pode parecer extrema, no entanto, é necessária.
“A medida pode parecer radical, mas se cortar o mal só pela metade não vai resolver nada. Nós precisamos ter hoje muita responsabilidade na questão do Pantanal e de todos os rios do Estado de Mato Grosso. Nós praticamente não temos mais peixe, o peixe não consegue chegar e, quando chega aqui na cidade de Cuiabá a quantidade é bem menor do que era nos tempos anteriores”.
De acordo com Tarso, em entrevista ao otícias No Ar, caso a lei não seja aprovada no Estado, a tendência é que o número de turistas diminua. “Nossos turistas vêm pescar no Pantanal, não pegam nada e gastam muito. Essas pessoas não vão querer voltar mais, a nossa preocupação do turismo é que esse turista volte à Mato Grosso”, argumenta.
Além da pesca predatória, Tarso acredita, ainda, que a quantidade de lixo nos rios também influenciam diretamente na diminuição da população de peixes. “Se você ficar no meio do rio, a cada 5 ou 6 horas você carrega um caminhão de lixo”, declara.
Cota zero: O projeto de lei é de autoria do poder Executivo e tem por objetivo proibir a pesca, a comercialização e o transporte de pescado em Mato Grosso, pelo período de cinco anos, com o intuito de aumentar o número de peixes nos rios.
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