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Cidades Quarta-feira, 06 de Janeiro de 2021, 13:18 - A | A

Quarta-feira, 06 de Janeiro de 2021, 13h:18 - A | A

Coronel critica escolha e diz que família pressionou Kalil para escolher primo comandante da GM/VG

Edina Araújo/VGNotícias

A escolha do novo comandante da Guarda Municipal está tornando um “hospício a GM/VG”, segundo afirmou ao oticias o idealizador da Guarda Municipal de Várzea Grande, coronel Walter de Fátima. Segundo ele, a informação de agentes da GM é que o prefeito Kalil Baracat (MDB) teria cedido a pressão da família e escolhido para o comando, seu primo, Alisson Baracat Salgado. Contudo, o coronel Walter afirmou que o escolhido contraria o Estatuto da GM, por não ter os requisitos exigidos.

“Ele é da segunda turma, isso não pode acontecer. É como se um capitão estivesse mandando num coronel. Além do mais, Allison não é nem inspetor ainda. Ele é de uma turma de dois anos depois da primeira turma. Aquilo vai virar um barril de pólvora, se Kalil mantiver seu primo, sem atender aos requisitos do Estatuto”, avaliou Fátima.

Walter disse que, segundo informaram a ele, que Alisson Baracat teria garantido que vai conseguir mudar o Estatuto para que ele [Alisson] possa permanecer no comando da GM. Ainda, conforme o coronel, Alisson teria feito acordo de “privilegiar” seus colegas também mais novos na corporação em troca de apoio.

Outra crítica feita por Walter diz respeito às faltas na corporação. “Virou uma bagunça. Pois o corregedor-geral da GM é um agente, como é que um agente vai punir o outro trabalhando juntos. O correto seria ter uma pessoa isenta e com capacidade. Me contaram, outro dia, que o Ciosp acionou a GM e não tinha agentes para atender uma ocorrência por conta de efetivo. Eles faltam, dão qualquer justificativa e são abonadas sem muito critério. Se for para continuar uma GM sem credibilidade e destroçada, é melhor acabar com ela. Tem GM que é aposentado por questões de saúde e está advogando aí. Isso é um absurdo”, desabafou o coronel Walter de Fátima.

Para finalizar, ele disse que na corporação tem bons nomes para ser comandante - e tem também "aqueles que são bons", mas não querem o cargo.

A reportagem ouviu outros agentes da GM, que pediram para não ser identificados, e afirmaram que o prefeito "rasgou" o Estatuto da Guarda. "Possuímos estatuto que diz que o comandante tem que ser mais antigo, ou seja, escolhido entre os da primeira turma, que possuem mais tempo de serviço. Só não quero que exponha o meu nome. Obrigado", disse um agente.

"Na verdade ele até pode assumir agora, porem no final de agosto ele vai ter que deixar o comando, pois a primeira turma vai subir de classe. E eles, querem nesse período mudar, para retirar essa obrigação de ser antigo, o que fere a Lei 13022, que é uma Lei Federal. Hoje o Baracat está na mesma classe, porém em setembro avançamos na classe e ele não, dai vai ter que deixar o comando por conta da Lei Atual. Os cargos da Guarda Municipal concorrem os mais antigos. É como na PM, concorrem o comandante geral os coronéis e os tenentes coronéis não", explicou outro agente.

Outro lado - O secretário de Governo de Várzea Grande, Dito Loro, afirmou ao oticias, que não estava nada certo a escolha do primo do prefeito Kalil Baracat para comandar a Guarda Municipal. Ainda, segundo Loro, Kalil vai respeitar a hierarquia e o Estatuto da Corporação. O gestor afirmou também que o prefeito anunciará o escolhido ainda nesta quarta-feira (06.01).

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