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Cidades Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 13:47 - A | A

Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 13h:47 - A | A

“Diga não a Graxaria"

Contra mau cheiro, moradores de VG manifestam na AL/MT contra Graxaria da Marfrig

Cerca de 150 moradores de Várzea Grande reuniram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) buscando apoio dos deputados

Adriana Assunção & Kleyton Agostinho/VGN

Cerca de 150 moradores de Várzea Grande reuniram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) buscando apoio dos deputados para “derrubar uma liminar”, que permite o funcionamento da Graxaria da Marfrig Global Foods. A principal reclamação é do mau cheiro gerado pelo empreendimento, que afeta toda região do Cristo Rei e bairro Alameda, em Várzea Grande.

Segundo a representante do Comitê “Diga não a Graxaria da Alameda”, Cristiana Souza, a reivindicação é a mudança da empresa que atua no processo de reaproveitamento dos rejeitos gerados pelos frigoríficos [ossos, sangue, vísceras e penas] e também por uma audiência pública, para expor o sofrimento em razão do mau cheiro. Entre os prejudicados estão, as crianças não querem comer mais, em razão do fedor na hora do almoço.

“Queremos chamar atenção do Poder Público para nos dar pelo menos um minuto na tribuna para e a gente expor nossa causa. Eles investiram alguns milhões em equipamentos super modernos, mas só que o próprio processo da Graxaria em si, ele é podre, fede. Então, mesmo investindo, não poderia estar alo. Investiram sabendo que não poderiam ficar aqui”, afirmou Cristiana Souza ao .

Ela também citou como exemplo, a empresa situada no Sebo Jales, região do Florais da Mata, onde terão que mudar de endereço por não passar no teste do nariz. ‘A graxaria fede.”

Recebidos pelo deputado Fábio José Tardin, o Fabinho (PSB), os moradores deixaram claro a reivindicação. Segundo ela, são mais de 50 mil pessoas prejudicadas, estão entre eles, moradores da Construmat, Altos do Bela Vista, Alameda, Cohab Jayme Campos, Aurilia Curvo.

“Queremos o fechamento da Graxaria. Queremos sair daqui comum acordo ambiental com prazo de saída deles. A Graxaria ficou inativa a 10 anos. Tem decreto que ela não poderia voltar, existe uma lei que ela não poderia voltar. Ficamos 10 anos sem engraxaria e de repente, em maio deste ano, voltou a funcionar. Ficamos sabendo que eles conseguiram uma liminar, voltando a funcionar Graxaria na Alameda da Marfrig. 

Queremos o fechamento da Graxaria

Também participou da manifestação, o presidente do bairro Altos da bela Vista, Paulo Henrique. Segundo ele, os moradores também estão prejudicados em razão da desvalorização do imóvel apesar da chegada do asfalto.

“Somos o primeiro a receber esse impacto de toda essa fedentina, o bairro passa por um momento agora do recurso do asfalto, está chegando asfalto, mas temos esse impacto da fedentina e nós Infelizmente vamos perder agora no imóvel. As pessoas estão querendo mudar, estão colocando placa de vendas de suas residências, isso é muito ruim. Eu como presidente da Associação estou convidando as pessoas a se juntar nesta ‘luta’”, declarou o morador.

Leia mais: Contra graxaria da Marfrig, moradores denunciam crime ambiental: "Lagoa está explodindo gases de mau cheiro"

REQUERIMENTO

Os deputados estaduais votam na sessão desta quarta-feira (30.08), um requerimento apresentado pelo deputado Fabinho, que pede explicações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) sobre a liberação de licença para funcionamento da Graxaria .

OUTRO LADO – Em nota ao , a assessoria informou que Marfrig, líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, esclarece que a graxaria do complexo industrial da Marfrig em Várzea Grande entrou em operação em maio de 2023 e que não foi verificado nenhum mau cheiro ou outro incômodo nos arredores.

"A graxaria produz farinha destinada à ração animal (suínos e aves) e sebo para indústrias como a de higiene e a de cosméticos. A licença de funcionamento foi concedida pela SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) depois que a Marfrig apresentou evidências técnicas e ambientais adequadas, e realizou testes nos equipamentos da instalação da graxaria, com a presença de técnicos da SEMA, do Ministério Público e de assistente técnico da parte autora da ação judicial, fazendo com que a autorização judicial fosse concedida", cita trecho da nota.

A assessoria destacou ainda: "Importante ressaltar que os resultados dos testes indicaram que o sistema de exaustão de gases da graxaria tem capacidade e eficácia para eliminar até 100% da presença de gases odoríferos resultantes do processo produtivo. O sistema é robusto e moderno; funciona com absorção (lavadores de gases), condensação e biofiltragem; e elimina até 100% dos gases odoríferos provenientes do processo produtivo."

"A Marfrig investiu cerca de 50 milhões de reais na modernização da graxaria, que foi totalmente remodelada em linha com as políticas e diretrizes de sustentabilidade da empresa. Com essa estrutura, mais de 1.200 viagens de caminhões deixarão de ser feitas, o que reduz as emissões de CO2, o tráfego viário na região, o risco de acidentes e a deterioração das vias públicas."

Além disso, a graxaria gera aproximadamente 60 empregos diretos e 180 indiretos, bem como aumenta a arrecadação de impostos para o município. "Hoje a Marfrig é a maior empresa empregadora privada da região, com cerca de 3.300 colaboradores. Desde 2019, a companhia já investiu cerca de 300 milhões de reais em todo o complexo industrial de Várzea Grande."

 

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