Após quase três meses da assinatura da ordem de serviço pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, para a execução das obras do Centro Oficial de Treinamentos (COT) da Barra do Pari, em Várzea Grande, os trabalhos no local ainda não foram iniciados. A entrega dessa obra era uma promessa do governador à população em 2022, quando declarou que o COT do Pari seria uma das últimas obras da Copa do Mundo de 2014 a ser entregue durante sua gestão.
No entanto, em uma visita realizada na tarde dessa terça-feira (31.10), a equipe do constatou que o local permanece praticamente inalterado desde a assinatura da ordem de serviço para que o Consórcio Barra do Pari retomasse os trabalhos.
Em outra visita feita em 28 de agosto, a equipe do observou que a área do Centro de Treinamento havia sido limpa externamente com máquinas, e a estrutura de aço havia sido retirada do meio do mato e empilhada em um espaço próximo. No entanto, na visita mais recente, o matagal ao redor do COT havia crescido e a estrutura de aço ainda permanecia no mesmo local, sem sinais de progresso nas obras.
Conforme o Governo do Estado, o Centro de Treinamentos, que estava abandonado por nove anos, atenderá às necessidades da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) após sua conclusão, que tem um prazo estipulado de 18 meses.
Além disso, surgiu uma denúncia de que a empresa contratada para a execução da obra teria utilizado reeducandos do sistema prisional como mão de obra, o que gerou controvérsia, considerando o alto custo do empreendimento.
A empresa encarregada da obra é liderada pela Construtora Engeglobal, propriedade do empresário Fernando Roberio de Borges Garcia, que é pai do chefe da Casa Civil, o deputado licenciado Fábio Garcia. Segundo dados do Portal FIPLAN, em 10 de abril deste ano, o Estado empenhou um valor de R$ 1.145.821,98 milhão para o Consórcio em relação à obra.
Além disso, o valor do contrato foi posteriormente reajustado para R$ 32.293.791,13, a fim de permitir que a empresa conclua a construção do edifício, que possui uma área construída de 52.170 m², conforme um termo de aditivo assinado em 24 de abril deste ano.
Outro Lado - O entrou em contato com a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) para saber sobre as contratações dos reeducando e os motivos da não retomada das obras.
Em relação aos reeducandos, a assessoria informou que existem programas desenvolvidos pela Fundação Nova Chance de reintegração à sociedade e a empresa teria alguns reeducandos contratados em alguns serviços, mas não especificamente na obra do COT. Sobre início da obra, a assessoria alegou que a empresa está realizando uma limpeza e levantamento do material que precisa ser reposto no local para começar a montar o canteiro de obras na próxima semana.
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