Sem receber auxílio emergencial do Governo Federal e parados há mais de 40 dias, donos de vans escolares em Várzea Grande realizaram um ato na manhã desta quinta-feira (23.04) na frente da Prefeitura Municipal reivindicando ajuda da prefeita Lucimar Campos (DEM). Entre os pedidos consta um benefício social financeiro (valor não revelado), para enfrentar este momento de pandemia do coronavírus.
Em entrevista ao 
oticias, Welica Fernanda, uma das líderes do movimento, afirmou que cerca de 50 proprietários de vans (legalizadas no município), estão passando por dificuldades financeiras e muitos já cogitam a possibilidade de não retornarem a realizar o transporte escolar após o fim da pandemia.
“Nós fomos os primeiros a parar e provavelmente seremos os últimos a voltar a trabalhar. Os pais não estão pagando em decorrência da pandemia, e por isso, hoje muitos donos de vans estão passando dificuldades, vivendo de ajuda de familiares e de alguns companheiros. Tem parcela da van para pagar, impostos e não temos qualquer outra renda. Está difícil. Hoje por exemplo, alguns companheiros não tinham dinheiro nem para abastecer o veículo para vim aqui neste movimento”, declarou Fernanda.
Segundo ela, a categoria pediu à Prefeitura a isenção do pagamento do ISS por um determinado período, do alvará e da vistoria veicular; como também um auxílio financeiro.
“Pagamos nossos impostos em dia. Contribuímos muito para Várzea Grande. Além disso, não nos encaixamos no auxílio do Governo, e neste momento pedimos socorro para à Prefeitura para que nos ajudem a passar este momento difícil. Qualquer coisa que a Prefeitura poder nos passar como auxílio já nos ajuda”, disse a representante.
Ao oticias, o secretário de Governo do município, Kalil Baracat, disse que a Prefeitura irá estudar a possibilidade de suspender a cobrança de ISS da categoria por um período, como também da isenção do alvará e da vistoria veicular.
“Temos que estudar a legalidade dos pedidos. Todos os seguimentos estão com dificuldade. Muitos empresários estão de portas fechadas, então isso tem que ser analisado com cuidado”, relatou.
Sobre o auxílio, Baracat descartou a possibilidade. “O município não tem condição de atender todas as categorias. Várzea Grande é uma cidade de 300 mil habitantes e todos estão passando por dificuldade. O município passa por dificuldade. O FPM reduziu, os demais repasses reduziram e a nossa arrecadação caiu, então não temos condições de atender eles com auxílio financeiro. Se formos atender, vamos ter que dar para todos”, finalizou.
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