O morador de Várzea Grande, Elizeu Lourenço da Silva, 54 anos, é um exemplo de empreendedorismo e criatividade durante à pandemia Covid-19. Há 10 meses, o mecânico aposentado, Elizeu adaptou seu veículo para vender frutas de casa em casa.
Em agosto do ano passado, Elizeu teve a ideia de vender as frutas em domicílio por perceber a dificuldade de as pessoas irem ao mercado. “Eu tive a oportunidade de comprar um carro e vi essa dificuldade que o povo tinha para comprar por causa da pandemia. Eu falei: vou inventar um negócio para chegar às casas das pessoas, comprei a Picape Strada e com ajuda do meu irmão tem uma oficina no Trevo do Lagarto, comecei a fazer. Eu sabia que vendendo de casa em casa iria ganhar mais, eu, desde criança já vendia fruta na rua, sabia que isso dá dinheiro”, relatou o feirante.
Atualmente, aposentado, Elizeu vivia de sua aposentadoria no valor de R$ 1,4 mil, quantia insuficiente para o sustento da casa e faculdade dos filhos. Então, ao lado da esposa Jucilene Maria e Silva, ele passou a buscar frutas frescas e de qualidade todos os dias do Centro de Distribuição de Cuiabá.
“Eu tive a ideia de preparar o veículo e empreender. Eu e minha esposa trabalhamos com o carro na rua e assim vai, dá para tirar mais de R$ 5 mil. Eu sou aposentado e a metade de minha aposentadoria pagava energia. Então, eu tenho dois filhos na faculdade, gastando, aí eu tive uma ideia, dando certo ou não eu não iria perder”, contou o aposentado.
Pai de quatro filhos, um de 21 anos, 22 anos e 13 anos, sendo um falecido, Elizeu Lourenço conta que passou alguns “perrengues” quando foi proibido de dirigir e depois quando foi acometido da Covid-19 no período que atendia pela “Frutaria do Elizeu”. Ele conta que os filhos sempre que possível ajudam o casal, seja com funções bancárias ou mesmo escolhendo frutas.
“Esses dias eu fiquei 90 dias parado, em casa sem poder me movimentar até na carriola com os vizinhos. Eu fui proibido pelo médico para dirigir e depois peguei Covid, fiquei oito dias internado, depois de três dias na UPA me encaminharam para o Hospital Metropolitano. Os clientes ficaram ligando, preocupados, avisei todos que estava com covid. Meus clientes foram solidários e disseram que estavam orando por mim. Hoje venci a Covid. Agora tem três semanas que voltei de novo”, revelou o feirante que vem tentando driblar a crise e vencer a pandemia com trabalho e criatividade.
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