O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, mandou intimar o advogado do ex-presidente da Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), Joao Justino Paes Barros, para que seja apresentado endereço atualizado do ex-gestor no prazo de 24 horas.
Justino é réu em uma ação criminal oriunda da Operação Seven que apura suposto esquema que teria desviado R$ 7 milhões do Governo do Estado por meio da compra de uma área rural de 727 hectares na região do Lago de Manso, em Chapada dos Guimarães.
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a área já pertencia ao Estado e foi adquirida novamente do médico Filinto Corrêa da Costa, com preço superfaturado de R$ 4 milhões. Na ação, em que Justino é réu apura o destino do valor desviado, que teria sido “lavado” pelos integrantes do esquema para ocultar os crimes.
Em junho, o juiz Jorge Luiz Tadeu marcou para os dias 18,19,20 e 23 e 24 deste mês interrogatórios dos acusados e de testemunhas para falar sobre os desvios.
No entanto, segundo os autos, a justiça não conseguiu intimar Joao Justino Paes Barros, em razão do imóvel a qual ele forneceu endereço, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, “estar fechado, com aparência de abandonado, com placa de vende-se”.
Em despacho publicado no Diário da Justiça Eletrônica (DJE) que circula nesta quinta-feira (12.07), o magistrado mandou intimar o advogado de Joao Justino para que ele apresente no prazo de 24 horas o endereço atualizado do ex-gestor. A defesa do empresário André Luiz Marques de Souza, também foi intimada para apresentação de endereço.
“Impulsiono estes autos com a finalidade de que sejam intimados os advogados dos acusados ANDRÉ LUIS MARQUES DE SOUZA e JOÃO JUSTINO PAES DE BARROS para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, apresentar os endereços atualizados dos réus, a fim de que sejam intimados pessoalmente para as audiências designadas para o dia 18, 19, 20, 23 e 24 de julho de 2018, todas com início às 14:00 horas”, diz trecho extraído do despacho.
No processo, são réus ainda: o médico Filinto Correa da Costa e seus dois filhos, o advogado João Celestino Correa da Costa Neto e o empresário Filinto Correa da Costa Junior; o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho; os ex-secretários de Estado Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi; o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto; Marcos Amorim da Silva; o fazendeiro Roberto Peregrino Morales; e os empresários Luciano Cândido do Amaral, Antônia Magna Batista da Rocha e André Luiz Marques de Souza.
Vale destacar que em julho de 2017, João Justino afirmou em depoimento prestado à justiça que comprou ouro para lavar dinheiro desviado na gestão de Silval.
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