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Cidades Quinta-feira, 15 de Agosto de 2024, 13:30 - A | A

Quinta-feira, 15 de Agosto de 2024, 13h:30 - A | A

comprometendo até 65% do salário

Cerca de 98% dos servidores do Estado estão endividados; sindicalista alerta sobre "armadilhas" dos bancos

Sindicalista revelou que bancos estão usando de outras modalidades do consignados para atrair servidores

Lucione Nazareth/VGN

O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo de Mato Grosso (Sinpaig-MT), Antônio Wagner, revelou nesta quinta-feira (15.08), em entrevista ao jornalista Geraldo Araújo no programa "No Ar", que cerca de 98% dos servidores públicos estaduais estão endividados. Segundo ele, os funcionários públicos têm recorrido a empréstimos e outras modalidades de crédito consignado para tentar manter um "padrão de vida" diante da defasagem salarial.

Wagner explicou que os servidores encontram nos empréstimos consignados uma alternativa para cobrir gastos pessoais que antes se encaixavam no orçamento, mas que, com o tempo, deixaram de caber devido aos proventos estarem sendo reajustados sem acompanhar a inflação do período. Com isso, eles estão comprometendo até 65% dos ganhos líquidos.

Ele citou que outro fator determinante para o endividamento do funcionalismo público é o baixo salário recebido: dos 100 mil servidores públicos estaduais atualmente em atividade, cerca de 87% recebem salário de pouco mais de R$ 5 mil. Contudo, existem carreiras (2%) com salários que superam R$ 30 mil.

Antônio revelou ainda que algumas instituições financeiras têm se aproveitado desses servidores com baixos salários para oferecer empréstimos e outras modalidades de crédito consignado, como cartão benefício e cartão de crédito consignado, com juros acima dos praticados no mercado financeiro. Ele alertou que servidores e sindicatos precisam ficar atentos e analisar com cuidado as operações oferecidas e as supostas vantagens.

"No nosso Sindicato, por exemplo, identificamos muitos abusos, principalmente em relação aos juros. Conseguimos, por meio de negociação administrativa, que uma servidora recebesse de volta R$ 13 mil de uma instituição financeira, mas isso foi possível porque temos uma pessoa que trabalhou no mercado financeiro e nos ajudou nessa questão", explicou. 

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Sobre a questão da Previdência, Antônio Wagner afirmou que defende que o Conselho de Previdência do Estado busque informações sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que contestou pontos da reforma da Previdência aprovada em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para saber se as mudanças podem afetar os servidores estaduais.

Segundo ele, possíveis mudanças, em decorrência dos efeitos da decisão do STF, podem impactar significativamente os cofres do Estado e o pagamento dos servidores, citando como exemplo os aposentados e pensionistas que, segundo ele, foram os mais prejudicados com o aumento da alíquota de previdência de 11% para 14%.

Ele também comentou sobre o "esfacelamento" do Fórum Sindical no Estado. Wagner informou que grande parte das categorias deixou o Fórum para tentar, de forma "individual", buscar os interesses de cada carreira. "Dizer que o governador está sentando conosco, isso não ocorre, mas seus auxiliares estão nos atendendo", declarou.

O sindicalista esclareceu que vem acompanhando os programas de "Inteligência Digital" que estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado, com foco no reposicionamento dos servidores nos órgãos públicos, principalmente na qualificação dos profissionais para se adequarem aos novos sistemas a serem implantados.

Wagner falou sobre a defasagem salarial nos órgãos públicos estaduais, que segundo ele, está há 15 anos, e negou suposta omissão quanto à cobrança de melhorias aos servidores junto ao governador Mauro Mendes (União).

“Antes de fazer evolução, preciso primeiro colocar comida na mesa do meu soldado. Até porque não posso ser boi de piranha. Mas, o fato de não estarmos falando, não significa que não estamos buscando. Nossa característica de atuação é por meio de levantamentos realizados e estudos. É preciso fazer um trabalho técnico para depois, por exemplo, ingressar com uma ação. Então eu cobro muito do movimento Sindical que é através de estudos. A grande maioria dos sindicalistas leva o ofício e um sonho no coração. Eu não, levo volume de documentos para me embasar”, frisou.

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