Com a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá fechada há mais de 15 dias e o Pronto-Socorro da Capital funcionando de “portas fechadas” – atendendo pacientes somente de Cuiabá -, o Pronto-Socorro de Várzea Grande está virando refúgio dos pacientes do interior do Estado, principalmente as crianças.
Nos últimos dias a unidade passou a receber bem mais pacientes do que o habitual, principalmente as crianças, reguladas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que deveriam ter como destino final uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia.
Segundo o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, a Santa Casa conta com 30 leitos de UTI e com o fechamento da unidade sobrecarregou o Pronto-Socorro de Várzea Grande. “São 30 leitos a menos no Estado sem a Santa Casa. Alguém teria que atender essas crianças e agora caiu toda a responsabilidade para Várzea Grande, pois somos o único funcionando de porta aberta”, explicou o gestor.
Conforme ele, atualmente cinco crianças estão entubadas no Box Infantil do Pronto-Socorro, que funciona como uma espécie de “Semi-UTI” para atender toda a demanda.
Lemos explicou ainda, que devido a internação destas crianças que necessitam de cuidados especiais, os pediatras da unidade passaram a atender somente crianças moradoras de Várzea Grande que estão em estado grave (urgência).
“Os casos não graves são mandados para a UPA do Ipase. Se não for assim, não irá conseguir a demanda. Além de tudo isso, o Estado não ajuda o município. Está devendo repasse, mais de R$ 20 milhões. Estamos fazendo Saúde para o Estado inteiro, mas temos que atender até porque estas crianças precisam de atendimento”, finalizou.
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