Após 120 dias de campanha, a comunidade universitária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) — composta por mais de 30 mil alunos e servidores — vai às urnas nesta quarta-feira (06.03), para escolher o novo reitor da instituição.
O debate final, realizado na última segunda-feira(04), no Teatro da UFMT, encerrou um extenso período eleitoral que abrangeu os quatro campi da universidade (Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Araguaia), o Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) e o ambiente virtual para alunos do EAD. Tal evento ofereceu aos candidatos a oportunidade de debater suas propostas e responder às perguntas da comunidade.
Prestes a completar 54 anos, a UFMT dispõe de um orçamento anual aproximado de R$ 900 milhões. Quatro chapas concorrem nesta eleição, e há um consenso entre os candidatos de que a campanha foi extenuante, mas todos acreditam na própria vitória.
O atual reitor e candidato à reeleição pela chapa 2, Evandro Soares da Silva, admite que "o tempo de campanha prejudica a universidade", porém confia que a comunidade universitária expressará nas urnas "seu desejo de projeto de reitoria e de universidade".
Por sua vez, a candidata pela chapa 4, Iramaia Jorge Cabral de Paulo, considera a campanha "excessivamente longa", mas destaca a valiosa oportunidade de visitar todos os campi e "conhecer as diversas realidades da universidade". "Estamos confiantes de que participaremos do segundo turno", afirma.
Marcus Cruz, da chapa 3, menciona que o intervalo entre os semestres e o recesso de Natal complicaram o contato com a comunidade. Entretanto, enfatiza a relevância do processo eleitoral para o diálogo de ideias e a busca de soluções para os desafios da universidade. "Espero que possamos sair vitoriosos", declara.
Marluce Aparecida Souza e Silva, candidata pela chapa 1, reconhece que a campanha foi desgastante, mas a descreve como uma experiência enriquecedora. "A campanha nos permitiu entender profundamente a estrutura e a gestão da universidade", observa. "Será uma perda não renovarmos a gestão atual", conclui.
Sobre a eleição: A consulta à comunidade universitária para a eleição da reitoria é uma tradição democrática de longa data na UFMT. Por meio do voto, professores, técnicos e estudantes têm papel ativo na definição do futuro da instituição.
O sistema de votação adotado pela UFMT é o paritário, no qual cada segmento da comunidade tem igual peso no resultado final: 1/3 dos votos é atribuído aos estudantes, 1/3 aos professores e 1/3 aos técnicos-administrativos.
Com aproximadamente 1.671 professores, 1.358 técnicos-administrativos e 26,5 mil estudantes, o modelo paritário previne que o segmento majoritário — no caso, os estudantes — exerça um poder decisório desproporcional sobre os demais.
Para ser eleita, a chapa necessita obter mais de 50% dos votos. Caso isso não ocorra, as duas mais votadas disputarão um segundo turno em 02 de abril.
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