Moradora de Várzea Grande, a advogada Clariana Barão e um grupo de amigos, entre médicos, empresários e subtenente, se mobilizaram para ir até o Estado do Rio Grande do Sul para ajudar as vítimas das enchentes causadas pelas fortes chuvas na região.
Os dias vividos em meio a vasta destruição revelaram aos voluntários situações desagradáveis nas quais os moradores estão passando. Em uma denúncia cedida ao na manhã desta quinta-feira (16.05), Clariana revelou que o município em que estão abrigados não está recebendo doações ou ajuda dos governos municipais e estaduais.
Conforme o relato de uma moradora e líder comunitária de Canoas, cerca de 70 famílias estão vivendo em péssimas condições desde o início do desastre climático, sem comida, água ou remédios, tendo até mesmo que dormir no chão.
“O governo aqui de Canoas, o nosso prefeito, nosso vice-prefeito, ninguém está ajudando nós. Não conseguimos nenhuma doação. Nossa terreira tem 160 pessoas, sendo que 70 são famílias que estão desabrigadas. Não tem remédio, não tem comida, não tem roupa, não tem nada! Estão dormindo no chão”, desabafou a líder comunitária.
A moradora destacou ainda que está fazendo o que pode, realocando as pessoas em casas vazias. Entretanto, sem a ajuda do Governo ou de doações, é difícil manter, mesmo que ainda haja pessoas na região que ajudam com o que pode.
“Consegui umas casas vazias, coloquei meu povo lá. Mas até agora não chegou nada. Nós vemos que está sendo distribuída muita coisa pelo Estado. Enquanto nós aqui mal conseguimos comprar água. A comida que conseguimos foi através de um rapaz, ele doou seis cestas básicas. Mas eu tenho 70 famílias hoje, sem remédios, sem comida, sem onde morar e ninguém faz nada por eles. Alguém tem que fazer alguma coisa pelo meu povo”, declarou.
Diante da situação dessas pessoas, os voluntários decidiram fazer uma ação na “comunidade” nesta sexta-feira (17), levando cestas básicas e alguns remédios. Além de realizar exames e tratamentos para leptospirose. O Dr. Marcelo Zacarkim, residente de São Paulo, será o responsável pelos exames.
No sábado (18), a mobilização será ainda maior, pois os voluntários irão até uma comunidade que continua embaixo d’água, a fim de também de levar algumas doações e realizar exames.
Para poder continuar realizando esse grande e importante serviço, Clariana e seus companheiros precisam de ajuda, seja por meio de pix ou doações. A chave pix é [email protected], no nome da advogada mesmo. O dinheiro será utilizado para comprar mantas, cestas básicas e kit de higiene para beneficiar mais de 100 famílias.
Além da ajuda aos moradores do município, os voluntários realizam também resgate de animais. Desde o dia que chegaram ao Estado, cerca de cinco animais já foram resgatados, sendo, inclusive, dois cachorros de grande porte.
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