Cuiabá será palco nesta sexta-feira (17.05) da 1ª Marcha da Visibilidade Trans da história de Mato Grosso, com o tema “o acesso à Saúde de pessoas trans em Mato Grosso”. O evento será realizado no Centro Histórico da Capital.
A marcha conta com o apoio da Secretaria da Mulher de Cuiabá e do Núcleo da Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Mato Grosso, além de outras associações, coletivo e institutos que lutam pelos direitos das pessoas trans.
Os manifestantes irão se concentrar na Praça Alencastro, às 15 horas, para seguirem no trajeto da Rua 13 de Junho até a Praça Ipiranga. Na volta, a caminhada acontece pela Prainha, até a Alencastro novamente.
Conforme dito pela coordenadora estadual da Conexão Nacional de Mulheres Transexuais e Travestis de Axé (Conat), Khauanny Garcia, conhecida como “Mãe Kaká”, a expectativa do evento é conseguir visibilidade suficiente para que, ao menos um pouco, o preconceito diminua.
“A expectativa é que com esta marcha a gente consiga dar e receber respeito em todos os lugares. Lutando pelos direitos das mulheres trans na sociedade, além de saúde, educação e trabalho de qualidade”, declarou a Mãe Kaká.
Além disso, a coordenadora destacou que apesar de terem alcançado diversas melhorias na sociedade, a morte de mulheres trans ainda ocupa o nono lugar no ranking nacional no quesito de violência contra pessoas trans.
“Hoje alcançamos várias realizações profissionais, visto que antigamente éramos vistas como objeto sexual. Atualmente temos médicas, advogadas, delegadas, enfermeiras, pastoras, empresárias, entre muitas outras profissões”, destacou a coordenadora.
Mãe Kaká reforçou que atualmente, além do espaço profissional, as mudanças aconteceram também dentro do meio religioso, especialmente na religião da matriz africana, pois agora podem ocupar cargos importantes, como sacerdotisas, podendo, inclusive, se vestirem de acordo.
O evento foi idealizado pela Associação de Travestis e Transsexuais de Mato Grosso (Astramt), pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat), a Guerrilha Cuiabana, a Conexão Nacional de Mulheres Transexuais e Travestis de Axé (Conat) e o coletivo Hendy Santana da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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