A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nessa quarta-feira (02.06). O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A apuração será para saber se Salles atuou para prejudicar e dificultar a investigação do tráfico de madeira no Amazonas, no âmbito da Operação Handroanthus, considerada a maior operação desta natureza.
A notícia-crime havia sido protocolada em abril pelo delegado Alexandre Saraiva, que foi superintendente da Polícia Federal do Amazonas. A investigação deve durar por até 30 dias.
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"A investigação penal é dever jurídico do Estado e constitui resposta legítima do ente estatal ao que se contém na notícia do crime. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos delatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado", escreveu Cármen Lúcia na decisão.
Segundo argumento de Saraiva, houve interferência do ministro e outros servidores em uma apreensão de 226.763 m³ de madeira ilegal. O valor estimado seria de quase R$ 130 milhões.
Em outra ação no Supremo, Ricardos Salles é alvo de é investigado pela suposta facilitação de exportação de madeira ilegal.
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