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Brasil Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2023, 09:49 - A | A

Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2023, 09h:49 - A | A

EM NOTA

Sindicalistas criticam salário mínimo anunciado por Lula e pedem fixação de valor em R$ 1.382

Lula confirmou nessa quinta (16) que valor do salário mínimo passará dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320

Lucione Nazareth/VGN

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), em nota, criticou o valor do salário mínimo anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de R$ 1.320 [previsto para ser implantado em maio], e cobraram que o Chefe do Executivo estabelece novo valor em R$ 1.382,71.

Lula confirmou nessa quinta-feira (16.02) que o valor do salário mínimo passará dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320. A intenção é que o novo aumento coincida com o Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio.

Leia Mais - Lula confirma salário mínimo de R$ 1.320 para maio e novo teto de isenção do imposto de renda

Na nota, a CUT disse que o aumento do salário mínimo é uma tentativa de Lula realizar uma reparação “do desmonte orquestrado” pelos Governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), porém, o aumento de R$ 18 “não é o esperado nem suficiente” para os trabalhadores brasileiros.

A entidade sindical apontou que conforme levantamento, baseado em cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o salário mínimo de 2023 teria que ser no valor de R$ 1.382,71, o que segundo os sindicalistas, representam uma valorização de 6,2%.

“A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira. Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando”, diz a nota.

Ao final, a CUT afirma que não foi consultada nem ouvida a respeito do novo valor do salário mínimo, e reafirmou que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a entidade defende para os trabalhadores.

Nota da CUT

“Hoje, o governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio.

“O salário mínimo valorizado é o maior instrumento para se diminuir a desigualdade social, apontar para o crescimento do país e remunerar corretamente a força de trabalho.

“A Central Única dos Trabalhadores, que conhece os direitos e representa a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, sabe que esse aumento não é o esperado nem suficiente.

“A CUT estuda a fundo, de forma técnica, todos as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador. Os cálculos do DIEESE mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%.

“A retomada do crescimento econômico só se dará com uma política consistente de valorização salarial. É a força dos trabalhadores que movimenta a economia brasileira.

“Não iremos nos contentar com a proposta atual nem aplaudir quem nos está lesando.

“É importante deixar claro que a CUT não foi consultada nem ouvida a respeito do novo valor do salário mínimo.

“A CUT não deixará de defender o trabalhador e seus direitos. “Reafirmamos que R$ 1.382,71 é o valor mínimo que a Central Única dos Trabalhadores defende e pelo qual trabalha.

“A CUT segue na luta. “Sérgio Nobre Presidente Nacional da CUT”

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