O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), publicou nesta quarta-feira (10.02) a Medida Provisória 1.028 que estabelece normas para facilitar o acesso ao crédito com o objetivo de mitigar os impactos econômicos decorrentes da pandemia da Covid-19. A publicação consta no Diário Oficial da União (DOU).
No texto estabelece que durante o estado de calamidade pública, os bancos públicos e suas subsidiárias ficam dispensados de certas exigências na hora da contratação ou renegociação de empréstimos, como por exemplo, não apresentação de certidões negativas em relação a débitos fiscais por parte de empresas ou pessoas físicas.
Outra exigência suspensa é a contratação prévia, prevista no Código Civil, de seguro para os veículos adquiridos por meio de penhor. Para o crédito rural, o projeto suspende a obrigação do registro da cédula em cartório de registro de imóveis se houver a vinculação de novos bens a ela.
“Até 30 de junho de 2021, as instituições financeiras privadas e públicas, inclusive as suas subsidiárias, ficam obrigadas a encaminhar à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, trimestralmente, na forma regulamentada em ato dos referidos órgãos, a relação das contratações e renegociações de operações de crédito que envolvam recursos públicos realizadas diretamente ou por meio de agentes financeiros, com a indicação, no mínimo, dos beneficiários, dos valores e dos prazos envolvidos”, sic trecho da resolução.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.028, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2021
Estabelece normas para facilitação de acesso a crédito e mitigação dos impactos econômicos decorrentes da pandemia dacovid-19.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art. 1º Até 30 de junho de 2021, as instituições financeiras privadas e públicas, inclusive as suas subsidiárias, ficam dispensadas, quando aplicável, de observar, nas contratações e renegociações de operações de crédito realizadas diretamente ou por meio de agentes financeiros, as seguintes disposições:
II - o inciso IV do § 1º do art. 7º da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral;
III - o art. 62 do Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967;
IV - as alíneas "b" e "c" docaputdo art. 27 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;
V - a alínea "a" do inciso I docaputdo art. 47 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
VI - o art. 10 da Lei nº 8.870, de 15 de abril de 1994;
VII - o art. 1º da Lei nº 9.012, de 30 de março de 1995;
VIII - o art. 20 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996; e
IX - o art. 6º da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.
§ 1º A dispensa de que trata ocaputnão afasta a aplicação do disposto no § 3º do art. 195 da Constituição, que se dará por meio de sistema eletrônico disponibilizado pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
§ 2º Até 30 de junho de 2021, as instituições financeiras privadas e públicas, inclusive as suas subsidiárias, ficam obrigadas a encaminhar à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, trimestralmente, na forma regulamentada em ato dos referidos órgãos, a relação das contratações e renegociações de operações de crédito que envolvam recursos públicos realizadas diretamente ou por meio de agentes financeiros, com a indicação, no mínimo, dos beneficiários, dos valores e dos prazos envolvidos.
Art. 2º Fica revogado o inciso III do caput do art. 10 da Lei nº 8.870, de 1994.
Art. 3º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de fevereiro de 2021; 200º da Independência e 133º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
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