O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista exibida na noite do último domingo (22.12) ao Poder em Foco, comentou sobre a próxima eleições municipal e se há chances de apoiar algum candidato. “Havendo relação de conhecimento entre eu e aquele candidato, que não seja de partido de esquerda, se houver interesse da parte dele, eu posso subir no palanque”.
Bolsonaro disse ainda que candidatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife podem ter seu apoio.
O presidente acredita que, muito provavelmente, seu partido, Aliança pelo Brasil, não estará apto para disputar as eleições já no próximo ano. Segundo ele, “seria até bom não participar porque eleições municipais são muito desgastantes. Você arranja muito mais inimizades que amizades e eu tenho mais dois anos para governar o Brasil”.
Quanto às eleições de São Paulo, Bolsonaro foi questionado sobre a deputada federal Joice Hasselmann, possível candidata à prefeitura paulistana. Questionado sobre uma possível conciliação com a deputada, Bolsonaro disse depender de “até onde foram as intrigas”.
“Eu nunca critiquei a Joice em público, ela fez críticas enormes contra mim, meus filhos, então… Boa sorte para ela, eu não quero mais discutir o assunto”.
O presidente comentou ainda sobre as eleições presidenciais de 2022 e sua possível candidatura à reeleição. Ele disse que caso esteja apto, irá disputar a reeleição. “Se bem que é um tremendo sacrifício”, disse.
Ainda sobre as eleições de 2022, Bolsonaro declarou que o ex-presidente Lula (PT) já é "carta fora do baralho" e que Lula está sendo muito criticado "durante suas andanças pelo Brasil", após ter deixado a prisão.
"O Lula, mesmo que não vá à prisão e continue em liberdade, ele já está condenado em segunda instância, não vai poder concorrer às eleições. Ele não é cabo eleitoral para mais ninguém".
O presidente defendeu ainda o voto impresso, para que não haja fraude nas próximas eleições presidenciais. "O que a gente precisa, para ter certeza que nós podemos, eu ou alguém paracido comigo, seja reeleito em 2022, é o voto imprenso".
Ele comentou também sobre a necessidade de que alguma parcela das urnas eletrônicas terem, além do voto eletrônico, a impressão do voto. Segundo ele, nas eleições de 2018, houve uma suspeita de que poderiam "estar mexendo no algorítimo" durante apurações dos votos.
Questionado sobre a possibilidade de aperfeiçõar a urna eletrônica para que não seja necessário comprovante em papel, Bolsonaro disse que nesse caso "não terá segurança devida". Segundo o presidente, já no início do ano que vem, um projeto que trata acerca do voto impresso será apresentado ao Congresso.
"Vou conversar com o Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre também, porque são os donos da pauta, são eles que botam em votação e, uma vez botando em votação, a maioria dará o sinal verde para o voto impreso", disse confiante.
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