As mulheres são as mais afetadas com falta de saneamento básico, segundo consta do estudo de Saneamento e Doenças de Veiculação Hídrica – ano base 2019, do Instituto Trata Brasil.
O estudo foi feito a partir de dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o Datasus, portal do Ministério da Saúde que acompanha os registros de internações, óbitos e outras ocorrências relacionadas à saúde da população.
No documento cita que “uma em cada quatro mulheres brasileiras vive em residências sem água tratada ou sem coleta dos esgotos, expondo a própria saúde e a de familiares que habitam o mesmo local”.
Conforme o levantamento em 2019 as doenças de veiculação hídrica acometeram mais de 141 mil mulheres no país, quase 10 mil a mais do que o número de internações do gênero masculino. A diferença foi registrada em todas as cinco regiões do país.
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Segundo o estudo, a região que obteve os maiores índices foram o Nordeste que registrou 59.707 mil casos envolvendo mulheres e 54.041 de homens. Na região Centro-Oeste, em que o Estado de Mato Grosso está inserido, foram registrados um total de 14.561 internações de mulheres por doenças à falta de saneamento básico, e de homens um total 13.177 mil.
Ainda segundo o documento, enquanto os indicadores de acesso à água potável, coleta e tratamento dos esgotos não avançarem no Brasil, as internações por doenças de veiculação hídrica poderão passar da casa dos 200 mil, com poucas perspectivas de diminuição.
“Hospitalizações devido à ausência do saneamento significam mais pessoas fora de postos de trabalhos, evasão escolar, desigualdade acentuada, baixa expectativa de vida e maior ocorrência de óbitos evitáveis. Portanto, a agenda do saneamento básico precisa ser acelerada com mais investimentos para que mais pessoas recebam os serviços quanto antes”, diz trecho do estudo.
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