O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (06.10) que a adoção do horário de verão em 2023 não será necessária. A declaração ocorreu durante entrevista à Rádio Itatiaia de Minas Gerais.
Silveira destacou que o país atravessa um momento de “bonança hídrica”, e que desta forma não considera a possibilidade de adotar o horário de verão ainda em 2023.
“Esse ano não tem nenhuma necessidade [horário de verão]. Agora o pulmão do nosso setor elétrico são os nossos reservatórios, esse fenômeno climático que é o El Niño, eu pude ver in loco no Norte e no Sul, (houve) excesso de chuvas, criando problemas sociais e risco iminente de desabamentos muito grave. E, no Norte, rios caudalosos, que não conseguiríamos ver sequer o outro lado da margem, praticamente com riacho, no fio d’água no meio de seu leito", disse.
Ele ainda declarou: “Neste ano, se continuarmos como está, não temos perspectiva de horário de verão. Agora para o ano que vem, nós temos de estar muito atentos à questão da segurança energética. Esse planejamento é feito cotidianamente pelo comitê de monitoramento do setor elétrico”.
Contudo, é importante destacar que a decisão sobre horário de verão não cabe apenas ao Ministério de Minas e Energia. Na prática, é o Palácio do Planalto, no que reúne as informações técnicas e as pressões políticas e, se for o caso, edita um decreto sobre o horário de verão, ou seja, "palavra final" é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O horário de verão está suspenso por decreto desde 2019, no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o Governo afirmou que o adiantamento dos relógios em uma hora perdeu a "razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico" por conta de mudanças no padrão de consumo e de avanços tecnológicos, que alteraram o pico de consumo de energia.
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