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Brasil Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2023, 21:53 - A | A

Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2023, 21h:53 - A | A

medidas emergenciais

Marina Silva diz que Fundo Amazônia será usado para conter crise dos yanomamis

"Estamos trabalhando para que haja um aporte de recursos rápido para as ações institucionais, sem prejuízo de comunidade no médio prazo", afirmou.

Folhapress/ João Gabriel

O Fundo Amazônia será usado para ajudar a combater a crise de saúde na Terra Indígena Yanomami, afirmou nesta segunda-feira (30) Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima.

Segundo ela, a ideia é que o dinheiro seja utilizado para medidas emergenciais relacionadas à fome, ao tratamento de doenças, à segurança e, também, que seja destinado a operações para retirada de invasores do território.

"Estamos trabalhando para que haja um aporte de recursos rápido para as ações institucionais, sem prejuízo de comunidade no médio prazo", afirmou.

"[As ações envolvem] a questão da saúde; o tratamento ao problema da grave situação de fome, que está assolando as comunidades; a parte de segurança, para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades, e isso tem a ver com operações de desintrusão do garimpo criminoso dentro dessas comunidades", completou.

Marina afirmou ainda que a ideia é que a utilização dos recursos do Fundo Amazônia não deve se limitar à TI Yanomami, mas pode abarcar também ações nos territórios Munduruku e Caiapó, outros que vivem situação grave em termos de violência e de saúde.

Ela se reuniu na manhã desta segunda com a ministra da Cooperação da Alemanha, Svenja Schulze, e foi anunciado um aporte de 200 milhões de euros (R$ 1,1 bilhão) do país europeu para a área ambiental, de forma escalonada e para diversas ações diferentes relacionadas ao tema.

"[O dinheiro será usado] para ações diretas ao combate ao desmatamento, queimadas e, principalmente, projetos para termos alternativas, como a agricultura sustentável", afirmou Marina.

Mais cedo nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com ministros ara tratar da crise humanitária envolvendo o povo indígena yanomami.

Durante o encontro, foram discutidas e acordadas iniciativas prioritárias para barrar o transporte aéreo e fluvial na região que abastece as atividades criminosa e o garimpo.

"As ações também visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças", declarou o governo, em nota.

O documento, porém, não traz detalhes dessas ações.
Na questão sanitária, o governo também afirmou que é prioridade dar assistência nutricional ao povo, com alimentos adequados aos seus hábitos alimentares.

Também vai buscar garantir a segurança dos profissionais de saúde, para que possam exercer suas atividades nas aldeias.

A nota divulgada pelo governo aponta ainda como prioridade neste momento garantir rapidamente o acesso a água potável por meio de poços artesianos ou cisternas.

Também haverá uma ação para medir a contaminação por mercúrio —em virtude do garimpo— dos rios e nas pessoas.

"O presidente determinou que todas essas ações sejam feitas no menor prazo, para estancar a mortandade e auxiliar as famílias Yanomami", afirma o texto.

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