O presidente Jair Bolsonaro vai nomear o cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. Queiroga esteve com Bolsonaro nesta segunda-feira no Palácio do Planalto. O atual titular da pasta, Eduardo Pazuello, reconheceu mais cedo nesta segunda-feira (15.03) que deve ser demitido.
"Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, já conhecia há alguns anos, então não é uma pessoa que eu tomei conhecimento de poucos dias, tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que o Pazuello fez até hoje".
Bolsonaro disse que, pela formação em medicina, Queiroga é "muito mais entendido" na área de saúde do que Pazuello e vai fazer outros programas, além de citar o plano de vacinação.
O presidente elogiou o ministro da Saúde na área de gestão, mas disse que é momento de partir "para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus".
A nomeação, segundo Bolsonaro, vai ser publicada amanhã no Diário Oficial da União (DOU). Está previsto de um período de transição de cerca de duas semanas.
Queiroga, segundo auxiliares do presidente, atende o perfil mais desejado para substituir Pazuello: médico alinhado a Bolsonaro, que tenha capacidade de acalmar a população e tomar decisões. Entretanto, um ponto inegociável é que o futuro ministro compactue com o presidente em ser contra as medidas de isolamento social.
Em entrevista ao GLOBO nesse domingo, Queiroga disse que a prioridade nesse momento é a vacinação.
"A grande expectativa é de implementar um programa de vacinação amplo no Brasil. Temos que vacinar nossa população, é a esperança que temos para reduzir o impacto da pandemia e a redução das internações hospitalares e dos óbitos decorrentes da Covid-19".
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