O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uniu partidos de centro, direita e da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para formar um "superbloco" na Câmara dos Deputados. Com a adesão de nove partidos e um total de 173 deputados, o acordo foi selado em uma reunião na manhã desta quarta-feira (12.04). O novo grupo é composto pelo PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e pela federação Cidadania-PSDB.
O novo bloco será o maior da Câmara dos Deputados, representando uma reação à perda de força, de Lira, para o Centrão - grupo de partidos sem uma ideologia clara que se une a diferentes governos – que após a adesão do Republicanos no final de março ao bloco composto pelo MDB, PSD, Podemos e PSC, se tornou, então o maior conjunto de partidos da casa com 142 deputados.
Com essa ação, Lira reforça sua força política na Câmara dos Deputados. Pois o novo bloco, que conta com 173 deputados - soma do número oficial das bancadas dos partidos integrantes -, terá maior espaço e prioridade na indicação de membros para participar de comissões, incluindo as mistas, compostas por deputados e senadores de acordo com a proporcionalidade das bancadas de blocos e partidos.
O número de deputados do bloco já ultrapassa o mínimo de 171 assinaturas exigidas para a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e solicitação de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o que demonstra a força do bloco.
A criação deste novo bloco parlamentar trará mudanças significativas na dinâmica da Câmara dos Deputados. Com a existência de dois blocos com mais de 100 deputados cada, é provável que as bancadas do PT e PL percam espaço na distribuição de comissões e relatorias. Atualmente, o PL conta com 99 deputados, enquanto a federação formada pelo PT, PC do B e PV soma 81 parlamentares.
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