João Paulo Rodrigues, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criticou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, por ter comparado as invasões de terras às ações extremistas do 8 de janeiro. Em entrevista aos jornalistas terça-feira (11/04), Rodrigues afirmou que essa comparação é infeliz e inadequada, pois coloca em um mesmo nível um ato terrorista e um movimento legítimo pela reforma agrária e pelo acesso à terra para trabalhar.
“É uma infelicidade comparar um ato terrorista com um ato democrático que é terra para trabalho. São coisas completamente diferentes”, disse.
A crítica do líder do MST se deve à fala do ministro Carlos Fávaro, durante a posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em 7 de março. Na ocasião, Fávaro afirmou que seria intransigente e repudiaria as invasões de terras produtivas. "Se fomos intransigentes com aqueles que invadiram o Congresso Nacional, seremos intransigentes e vamos repudiar invasões de terras produtivas", declarou o ministro.
Para o líder do MST, as questões não são comparáveis “Eles invadiram um local com função social. Nós ocupamos uma área improdutiva. Um espaço que não tem nada. Não dá para comparar”, finalizou o dirigente.
Mesmo diante das críticas, Rodrigues elogiou a gestão de Carlos Fávaro até o momento ao chamá-lo de “competente” e dizer que “tem cumprido um papel importante junto ao governo Lula.
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