O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode prorrogar por mais dois meses o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais e autônomos, mas com o valor de R$ 300,00. A informação foi publicada pelo O Globo.
De acordo com a reportagem, a equipe econômica de Bolsonaro vem estudando a possibilidade financeira de estender o benefício, mas de forma que não prejudique os cofres públicos e nem provoque um aumento no rombo financeiro.
Conforme o texto, a possibilidade mais cogitada pela equipe econômica é estender o benefício por mais dois meses com parcelas de R$ 300,00 e nos atuais R$ 600,00. Porém, a reportagem não diz qual valor é cogitado no caso das mulheres chefe de família e beneficiárias do Bolsa Família que atualmente recebem R$ 1.200,00 – a tendência é que o valor seja reduzido pela metade, ou seja, R$ 600,00.
Apesar disso, a proposta de extensão do pagamento do auxílio ainda será enviada para aprovação no Congresso.
Lembrando que o presidente Jair Bolsonaro já havia confirmado que tinha negociado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação dos repasses, mas sem oficializar o valor.
No Congresso, deputados e senadores conversam diariamente sobre a possibilidade de apresentar uma proposta de lei que estabeleça o pagamento do auxílio emergencial por mais dois ou três meses mantendo o valor de R$ 600,00.
Veja abaíxo a íntegra da matéria do O Globo
Governo deve pagar mais duas parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial
Hoje, benefício é de R$ 600. Ideia é fazer transição gradual, diante da gravidade da crise. Proposta de prorrogação precisa ser enviada ao Congresso
Jornalista Marcello Corrêa e Geralda Doca
BRASÍLIA - Diante da gravidade da crise causada pela pandemia de coronavírus, o governo decidiu estender o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais e autônomos por mais dois meses. Segundo fontes da equipe econômica, tudo indica que serão pagas mais duas parcelas de R$ 300. Hoje, o benefício é de R$ 600.
A proposta terá que ser enviada ao Congresso, já que o valor e a duração da ajuda federal estão definidos na lei que criou o programa, sancionada no início de abril. O presidente Jair Bolsonaro já havia confirmado que tinha negociado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação dos repasses, mas ainda não oficializou o novo valor.
Nos últimos dias, técnicos do governo analisavam a melhor opção: pagar uma parcela a mais de R$ 600; mais três de R$ 200; ou mais duas de R$ 300. Essa última opção ganhou força nos últimos dias, de acordo com interlocutores de Guedes. Uma fonte disse que o governo "caminha" para essa solução. A possibilidade de propor mais três parcelas de R$ 200, no entanto, ainda está sobre a mesa.
A ideia de não acabar de uma vez só com o auxílio emergencial está sendo discutida por integrantes do governo há pelo menos duas semanas. Como revelou o GLOBO em meados de maio, Guedes já defendia "suavizar a queda" do programa. Ou seja, retirar o benefício aos poucos.
— Não é que nós vamos prorrogar, porque não temos fôlego financeiro para fazer a gastança que está aí, mas vamos ter que suavizar a queda. Em vez de cair tudo de uma vez, nós vamos descer mais devagar um pouco, pouco — disse o ministro, durante reunião com empresários no dia 19 de maio.
Segundo dados do Tesouro Nacional, a previsão de gastos com a ajuda aos informais é de R$ 152,64 bilhões. Até agora, o governo desembolsou R$ 76,86 bilhões com o programa, cuja terceira parcela ainda começará a ser paga. O benefício é a maior despesa, dentro do rol de ações da União para mitigar os efeitos da pandemia.
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