O Brasil pode passar por crise sanitária ainda "mais grave”, caso ocorra uma “nova explosão” de casos de Covid-19 (coronavírus). A previsão é de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo o Boletim Extraordinário, os pesquisadores apontaram que no período de 02 e 08 de maio o país registrou uma média diária de 61 mil casos e 2,1 mil óbitos pela doença, ou seja, uma redução que permite ao Poder Público readequar “serviços de saúde, com atuação mais intensa dos serviços de Atenção Primária de Saúde, bem como o esclarecimento da população, empresas e gestores locais sobre a importância de se intensificar as práticas de proteção individuais e coletivas, como o uso de máscaras, higienização pessoal e de ambientes domiciliares”.
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Porém, eles alertam que locais e atividades de interação social, principalmente em ambientes fechados, com grande número de pessoas e pouco arejados, devem continuar a ser evitados, seja no transporte público, eventos de massa (como shows) e pontos comerciais.
“Somente essas medidas, aliadas à intensificação da campanha de vacinação, podem garantir a queda sustentada da transmissão e a recuperação da capacidade do sistema de saúde”, diz trecho do documento.
Conforme os pesquisadores da Fiocruz, ainda existe uma “intensa circulação do vírus e que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo das próximas semanas, além de dar oportunidade para o surgimento de novas variantes do vírus devido à intensidade da transmissão, como se ver em outras regiões e países”.
“A observada manutenção de um alto patamar, apesar da ligeira redução nos indicadores de criticidade da pandemia, exige que sejam mantidos todos os cuidados, pois uma terceira onda agora, com taxas ainda tão elevadas, pode representar uma crise sanitária ainda mais grave”, alertou os pesquisadores.
Eles ainda acrescentaram: “Uma nova explosão de casos de Covid-19 a partir do patamar epidêmico atual, que permanece elevado, será catastrófico. São mais de 420 mil mortes. Grande parte da população brasileira já vivenciou a perda de um familiar, um amigo, um vizinho ou um colega de trabalho. Ainda não se tem dimensão da extensão e dos desafios que se colocam com as sequelas deixadas pela Covid-19 em pacientes graves e, mesmo com quadros moderados, das suas repercussões na qualidade de vida das pessoas e demandas que elas vão impor ao sistema de saúde em médio e longo prazos”, sic outro trecho do boletim.
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